Bomba, morte e destruição: há 4 anos, Capitólio era invadido; veja como foi
A invasão ao Capitólio, como é conhecido o Congresso dos Estados Unidos, completou quatro anos nesta segunda-feira.
Em 6 de janeiro de 2021, manifestantes apoiadores de Donald Trump entraram pelas portas e janelas do local, quando a vitória presidencial de Joe Biden seria certificada.
O episódio deixou cinco mortos e dezenas de feridos e foi classificado como um ataque à democracia norte-americana.
Relembre como foi
Manifestantes foram incitados por Donald Trump. Eles começaram a se reunir em frente ao prédio à espera da sessão de oficialização de Joe Biden como novo presidente e de Kamala Harris como vice. Eles alegavam, sem provas, que houve fraude nas eleições.
Cinco pessoas acabaram mortas. Na invasão, quatro pessoas morreram em meio à multidão, duas delas por ataque cardíaco e outra por uma possível overdose. A última, Ashli Babbitt, foi morta por um policial quando tentava entrar à força na Câmara de Representantes.
Mais de 1.500 foram acusadas pela invasão do Capitólio. Destas, 571 respondem por agressão, resistência ou bloqueio do trabalho das forças de ordem e 195 foram condenadas durante o julgamento.
Julgamentos resultaram em sentenças de até 22 anos de cadeia. É o caso do ex-presidente dos Proud Boys, Enrique Tarro. Cerca de 200 dos réus foram acusados de porte de arma e 153 foram acusados de destruição de propriedade do governo.
Câmeras de segurança e jornalistas registraram a ação naquele dia. Um homem foi fotografado com os pés em cima da mesa da presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi; os manifestantes também gritaram "enforquem Mike Pence" —o então vice-presidente precisou deixar o local às pressas e ser conduzido a um esconderijo.
Bombas foram usadas para dispersar a multidão. Policiais se posicionaram perto da entrada da Câmara, apontando armas em direção à porta. Imagens mostram que uma escrivaninha foi pressionada contra a porta para impedir a entrada de manifestantes. Bombas de gás foram atiradas para dispersar a multidão que invadiu o Congresso.
Invasão gerou destruição milionária. Deputados chegaram a ser escoltados para fora do Capitólio com máscaras de gás lacrimogêneo. A invasão gerou destruição estimada em US$ 2,8 milhão (R$ 17,1 milhões, na conversão atual).
Donald Trump foi alvo de segundo processo de impeachment. O republicano foi alvo de processo de impeachment por "incitamento à insurreição" e "violência contra o governo dos Estados Unidos", mas acabou absolvido pelo Senado.
Brasileira participou de ataque. Leticia Vilhena Ferreira, que tem visto de trabalho nos EUA, mas não estava apta a votar nas eleições americanas, foi presa um ano depois da invasão, no estado de Illinois, acusada de ter participado da invasão ao Capitólio.
Trump deve perdoar maioria dos manifestantes. Em entrevista à revista Time em dezembro, o presidente eleito dos EUA afirmou que irá perdoar a maioria dos acusados ou condenados pela invasão. Ele pretende analisar os casos de forma individual.
Indulto aos envolvidos foi uma das primeiras promessas de campanha. "Meus primeiros atos como seu próximo presidente serão fechar a fronteira (...) e libertar os reféns de 6 de janeiro que foram presos injustamente", escreveu Trump no dia 11 de março do ano passado em sua rede social, a Truth Social.
*Com AFP, Deustsche Welle e Reuters
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