Austrália condena pais e membros de seita que proibiram menina de tratar diabetes
Um tribunal australiano condenou nesta quarta-feira 14 integrantes de uma seita religiosa pelo homicídio culposo de uma menina com diabetes que foi privada de acesso à insulina.
Os pais da menina Elizabeth Struhs, assim como o líder religioso do grupo Saints, estão entre os condenados pela morte da criança em janeiro de 2022, após o julgamento na Suprema Corte do estado de Queensland, no norte do país.
O pequeno grupo religioso da cidade de Toowoomba tinha uma "crença fundamental" no poder de cura de Deus e não admitia atendimento médico, afirmou o juiz Martin Burns na sentença.
A menina morreu de cetoacidose, uma complicação grave da diabetes, depois que sua medicação com insulina foi suspensa por vários dias, destaca a sentença.
Jason e Kerrie Struhs, pais da menina, foram condenados por homicídio culposo por abdicarem do dever de cuidar da filha, demonstrando "grave falha moral e desprezo pela vida humana", segundo o juiz.
Os outros condenados foram declarados culpados do mesmo crime devido ao encorajamento aos pais para que impedissem a menina de receber insulina.
2 comentários
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Ricardo
E quanto ao caso da negação do efeito das vacinas durante a pandemia de Sars-Cov 2 que foi responsável por matar milhares de pessoas de Covid-19 (milhões em alguns países), não seria o caso de responsabilizar os governos da época?
Alberto Alerigi Jr
Usar Deus em caixa alta é de matar.... impressionante...