Efeitos de curto prazo do Brexit estão sendo contidos, diz presidente do BC
Os efeitos de curto prazo da decisão dos britânicos de sair da União da Europeia estão sendo contidos, mas há incertezas sobre o crescimento global futuro, avaliou hoje (28) o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn. "Acredito que o cenário global é desafiador. Vamos enfrentar volatilidade e choques aos longos dos anos. O choque mais recente é o chamado Brexit [saída dos britânicos da União Europeia]", disse Goldfajn. O presidente do BC diz que o Brexit traz implicações principalmente no comércio e no crescimento global. "Ainda não estão totalmente mapeadas a consequências para o futuro. Há que se observar o impacto no mundo e por consequência no Brasil. Deve reduzir, de alguma forma, o crescimento global e pode influenciar o crescimento no Brasil", disse. Goldfajn afirmou que os bancos centrais de 60 países, reunidos no último final de semana, se comprometeram a monitorar os efeitos do Brexit e usar instrumentos que forem necessários. Em plebiscito realizado no último dia 23, cidadãos britânicos decidiram, por maioria de 52%, a saída do Reino Unido da União Europeia. O resultado da consulta foi divulgado nas primeiras horas da manhã da última sexta-feira (24). * Colaborou Daniel Lima
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