Topo

UFRJ instala 17 câmeras de segurança após assassinato de estudante

Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil

05/07/2016 20h11

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai instalar, até o fim desta semana, 17 câmeras de segurança na área da Residência Estudantil, na Ilha do Fundão. A informação foi divulgada no início da noite de hoje (5) pela prefeitura da universidade. No último sábado (2), com sinais de espancamento, foi encontrado perto do local o corpo do estudante Diego Vieira Machado.

Em nota enviada à imprensa, a UFRJ diz que a instalação começou em maio e faz parte de ação para aumentar a segurança dos estudantes. "Serão 14 câmeras fixas e três capazes de gravar e transmitir imagens em 360 graus. Elas terão ligação direta com o Centro de Controle Operacional da UFRJ, que funciona desde 2013 e grava imagens da quase totalidade do campus. Em abril, a Residência Estudantil começou a ganhar iluminação nova, no hall de entrada e áreas do entorno". A UFRJ informa que a Divisão de Segurança (Diseg) funciona 24 horas por dia e recebe denúncias pelo telefone (21) 3938-1900 e pelo e-mail contato@naosecale.ufrj.br. A campanha "Não se Cale", também lançada em maio, tem foco em casos de violência contra mulheres, população LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, travestis e intersexuais), discriminação racial, trabalho e ensino. Também há ronda no campus. "Por ser um campus aberto, a UFRJ tem as vias monitoradas pela Polícia Militar. As rondas diárias e a segurança interna são feitas também pela Diseg. A segurança patrimonial do campus é feita por pessoal terceirizado", explica a universidade. A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da capital está investigando o caso. "Perícia detalhada foi realizada no local e amplo trabalho de investigação foi iniciado para apurar de forma detalhada a dinâmica do fato que vitimou o aluno da UFRJ e identificar a (s) pessoa (s) envolvida (s)." A expectativa da UFRJ é que o corpo seja liberado amanhã (6) e levado para o Pará, estado natal do estudante. Há suspeita de que o crime tenha sido motivado por homofobia, mas a polícia não confirma.