Avião que levava Chapecoense era de empresa venezuelana
O avião que transportava a equipe da Chapeconense era da companhia LaMia, sigla para Línea Aérea Mérida Internacional de Aviación. Trata-se uma companhia aérea de capital venezuelano, que surgiu como uma empresa regional de Mérida, um dos estados da Venezuela, localizado na região dos Andes. Em 2014, obteve licença para voar na Bolívia como operadora de pequeno porte. A frota é composta por aviões de quatro turbinas modelo British Aerospace BAE-RJ85, com capacidade para 85 passageiros e autonomia de voo de até seis horas. É, na verdade, o primeiro modelo RJ da família 146, que foi produzida por 19 anos, entre 1983 e 2002. Oitenta e uma pessoas estavam a bordo e 76 morreram no acidente com o avião que levava a Chapecoense, segundo as autoridades colombianas. A equipe da Chapecoense viajava para Medellín, onde disputaria a primeira final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, amanhã (30) à noite. O segundo jogo seria em Curitiba. Em comunicado, o aeroporto de Medellín disse que o avião, com matrícula da Bolívia, "declarou emergência" às 22h, no horário local, "por falhas técnicas", de acordo com a transmissão feita para a torre de controle. O avião tinha saído do aeroporto Viru Viru, de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde teria realizado uma escala técnica. Anac negou pedido A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que negou o pedido de voo solicitado pela empresa. O voo partiria do Brasil para a Colômbia, na segunda-feira (28), segundo a solicitação. "O pedido foi negado com base no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer) e na Convenção de Chicago, que trata dos acordos de serviços aéreos entre os países. O acordo com a Bolívia, país originário da companhia aérea Lamia, não prevê operações como a solicitada", diz a agência em nota. Por causa da negativa, a Chapecoense partiu de Guarulhos (SP) para a Bolívia em um voo comercial. Somente em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), a delegação embarcou em voo fretado da Lamia com destino a Medellín, na Colômbia. No documento que negava o pedido da empresa, a Anac informava ainda que o transporte poderia ser realizado por empresa aérea brasileira e/ou colombiana, "conforme a escolha do contratante do serviço, nos termos dos acordos internacionais em vigor". A Anac finaliza a nota se solidarizando com os familiares das vítimas do acidente ocorrido nesta madrugada, nas proximidades de Medellín, na Colômbia.
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