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Roberto Azevêdo é eleito para segundo mandato como diretor-geral da OMC

Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil

28/02/2017 12h40

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, embaixador Roberto Azevêdo, é eleito para um segundo mandato à frente da instituiçãoAntonio Cruz/Arquivo Agência Brasil O embaixador brasileiro Roberto Azevêdo foi reconduzido hoje (28) pelo Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) para um segundo mandato de quatro anos como diretor-geral da instituição. O novo mandato tem início em 1º de setembro deste ano. Roberto Azevêdo era candidato único. Para o Ministério das Relações Exteriores brasileiro (MRE), esse fato expressa o amplo reconhecimento dos membros da OMC à contribuição do diretor-geral para os resultados alcançados pela organização durante seu primeiro mandato (2013-2017). Na Conferência Ministerial de Bali, em 2013, concluiu-se a negociação do Acordo de Facilitação de Comércio (AFC), o primeiro acordo multilateral celebrado pela OMC desde sua criação em 1º de janeiro de 1995. O acordo global para agilizar o comércio exterior entrou em vigor no último dia 22.  De acordo com a OMC, 110 países, o que equivale a dois terços dos membros do organismo, confirmaram a adesão ao AFC, número necessário para que entre em vigor. A estimativa é que o acordo reduza os custos das operações comerciais em 14,3% em média e gere US$ 1 trilhão de comércio por ano. Desse total, US$ 730 bilhões serão gerados em países em desenvolvimento. Ainda segundo o Itamaraty, na gestão de Azevêdo à frente da OMC, na Conferência Ministerial de Nairobi, em dezembro de 2015, chegou-se a entendimento histórico sobre o fim dos subsídios à exportação de produtos agrícolas. "No dia 23 de janeiro último, entrou em vigor o Protocolo de Emenda ao Acordo de TRIPS (Acordo sobre Aspectos de Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados a Comércio), que facilita as condições de acesso de países em desenvolvimento a medicamentos essenciais", acrescenta, em nota, o MRE. O Itamaraty destaca que o Brasil apoiou "decididamente" a recondução ao cargo do diretor-geral da OMC "movido pelo reconhecimento de suas contribuições durante o primeiro mandato e pela convicção de que continuará a contribuir, em circunstâncias internacionais cada vez mais desafiadoras, para o fortalecimento do sistema multilateral de comércio".