Rio lança projeto Olho no Verde que pode impedir desmatamento ilegal
Desmatamento ilegal será combatido no estado do Rio mediante monitoramento permanente via satélite
Ressaltou que a fiscalização é o principal ativo do projeto. A ideia é ampliar o efeito do projeto para os municípios, com a finalidade de evitar que pequenas pressões de desmatamento possam evoluir de tamanho. Situação no estado do Rio O desmatamento do estado do Rio de Janeiro já é considerado zero porque está abaixo de 100 hectares, revelou Ferreira. A meta é alcançar "o desmatamento líquido zero mesmo. Não ter perda de cobertura florestal ilegal". O estado tem atualmente 30% de sua área coberta por floresta de Mata Atlântica. No ranking de municípios que mais desmataram em 2016, considerando o perímetro monitorado pelo projeto Olho no Verde, o Rio, capital, aparece com maior índice de supressão, com 11 hectares. E em contraposição, a cidade que menos apresentou alertas ou supressões constatadas foi Itatiaia, com apenas 500 metros quadrados de desmatamento. Foram 36 municípios confirmados com supressão, do total de 92 municípios do Estado do Rio.
A Secretaria do Ambiente (SEA) lançou, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o projeto Olho no Verde. Ele prevê o monitoramento permanente, via satélite, de uma área de 7 mil metros quadrados, onde estão localizados os principais remanescentes de Mata Atlântica do estado. A meta é impedir o desmatamento ilegal. O objetivo é atingir o desmatamento ilegal zero até 2018. O lançamento foi esta semana durante o 3º Encontro de Secretários de Meio Ambiente dos Estados da Mata Atlântica, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O subsecretário de Mudanças Climáticas e Gestão Ambiental da SEA, Rafael Ferreira, disse que a grande novidade do projeto Olho no Verde é o monitoramento sistêmico. "Esse programa nos proporcionou a possibilidade de ter análises semanais. O acompanhamento da evolução ou involução do desmatamento é semanal". Com isso, o estado pode ter ações e operações de fiscalização voltadas para o combate ao desmatamento. "Ele funciona como um grande Big Brother, que fica semanalmente visitando áreas determinadas pelo estado, com maior cobertura florestal", afirmou. O programa visita essas áreas e tira fotos. Quando o sistema automático identifica mudança do padrão florestal, com alteração de cor, o sistema gera um alerta (imagem) que é direcionado para a UFRJ e para a SEA. A partir desses alertas, são feitos filtros de avaliação sobre a indicação, que apontam áreas com chance de ter supressão de vegetação nativa e irregular. Periodicidade de imagens O subsecretário disse que a grande novidade é a periodicidade de imagens muito próximas, ao contrário do que ocorre com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, cuja periodicidade é anual. As equipes técnicas e de geoprocessamento da SEA são reunidas para avaliar as imagens e decidir em que áreas serão deflagradas operações. Os resultados são grandes, apontou Ferreira. "Você acaba alcançando áreas dentro de fazendas, por exemplo, em que o acesso é limitado, não teria como haver uma denúncia, nem fiscalização", explicou. O mesmo ocorre no interior de ilhas, em que há copa muito aflorada no entorno e o miolo, muitas vezes, fica sujeito à supressão pelos proprietários. "Com o monitoramento por satélite, com essa periodicidade, a gente consegue pegar e identificar essas supressões". Inclusive, permite ver o perfil do desmatamento no estado. Na região metropolitana, as supressões ocorrem pela pressão urbana, enquanto nas áreas rurais, devido à extensão das pastagens. "Além de ser uma ferramenta que dá, quase imediatamente, a possibilidade de coibir o desmatamento, o projeto estabelece o perfil do desmatamento", frisou. No ano passado, foram selecionadas para vistoria 326 situações de alerta. Delas, 196 revelaram desmatamento em área total de 71 hectares. Foram presos em flagrante grupos de desmatamento ilegal em área de 6 mil metros quadrados, no município de Paraty, na Costa Verde. Em Barra do Piraí, no distrito de São José Turvo, no Sul do estado, foi identificado desmatamento de 7,7 mil metros quadrados para pastagem. O proprietário foi autuado. O subsecretário de Mudanças Climáticas e Gestão Ambiental, Rafael Ferreira, disse que o Olho no Verde atende o anseio de outros estados que procuram uma ferramenta semelhante e admitiu que há chances de ele ser multiplicado, especialmente para outros estados cobertos pela Mata Atlântica.Ressaltou que a fiscalização é o principal ativo do projeto. A ideia é ampliar o efeito do projeto para os municípios, com a finalidade de evitar que pequenas pressões de desmatamento possam evoluir de tamanho. Situação no estado do Rio O desmatamento do estado do Rio de Janeiro já é considerado zero porque está abaixo de 100 hectares, revelou Ferreira. A meta é alcançar "o desmatamento líquido zero mesmo. Não ter perda de cobertura florestal ilegal". O estado tem atualmente 30% de sua área coberta por floresta de Mata Atlântica. No ranking de municípios que mais desmataram em 2016, considerando o perímetro monitorado pelo projeto Olho no Verde, o Rio, capital, aparece com maior índice de supressão, com 11 hectares. E em contraposição, a cidade que menos apresentou alertas ou supressões constatadas foi Itatiaia, com apenas 500 metros quadrados de desmatamento. Foram 36 municípios confirmados com supressão, do total de 92 municípios do Estado do Rio.
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