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Rocinha, agora com ocupação pela PM, tem sábado de aparente calma

Soldados deixam a Rocinha, na zona sul do Rio, após uma semana na comunidade - Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Soldados deixam a Rocinha, na zona sul do Rio, após uma semana na comunidade Imagem: Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Paulo Virgilio - Repórter da Agência Brasil

30/09/2017 11h37

Em um sábado de tempo chuvoso no Rio, a comunidade da Rocinha, na zona sul da cidade, vive um clima de aparente calma --um dia após a saída dos 950 soldados e dos veículos blindados das Forças Armadas que ocuparam desde o dia 22 a favela, depois dos confrontos entre traficantes de grupos rivais.

Segundo informação da 11ª Delegacia Policial, responsável pela área, nenhuma ocorrência relacionada a tiroteios foi registrada na Rocinha desde a saída das Forças Armadas.

Uma equipe da delegacia cumpriu nesta manhã no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, o mandado de prisão expedido hoje (30) contra Carlos Alexandre da Silva. Ele é um dos integrantes do bando do traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem, que tentou retomar o controle do comércio de drogas na favela, em confronto que motivou a intervenção militar.

Ontem (29), Carlos Alexandre foi esfaqueado pelo pai de um dos adolescentes torturados pelo bando de Nem na última quinta-feira (28) e que foram resgatados por fuzileiros navais, durante a ocupação. O pai do adolescente se apresentou ontem à Polícia Civil, e deverá responder o processo em liberdade.

Com a saída das Forças Armadas, a Polícia Militar aumentou o contingente na área da Rocinha para 500 homens, incluindo soldados do Batalhão de Choque e Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Com mandado de prisão expedido pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pelo crime de homicídio qualificado, o chefe do tráfico de drogas na Rocinha, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, continua foragido.

Colaborou Ícaro Matos, do Radiojornalismo da EBC no Rio de Janeiro