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Greve de caminhoneiros afeta transporte público no Rio, diz federação

JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

22/05/2018 19h29Atualizada em 22/05/2018 20h43

A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor) informou hoje (22) que a greve nacional dos caminhoneiros, que está no segundo dia, está afetando diretamente o abastecimento de óleo diesel dos ônibus em todo o estado. De acordo com a entidade, a operação em algumas linhas de ônibus na capital já ocorre de forma limitada, afetando o transporte de passageiros.

"O bloqueio montado em rodovias e terminais de distribuição de combustíveis impede a renovação dos estoques das empresas, que na maioria dos casos acontece diariamente. O racionamento de combustível é uma medida adotada em caráter emergencial até a normalização da distribuição de óleo diesel, que depende do fim das manifestações. Se isso não ocorrer brevemente, há o risco de paralisação de todas as empresas", diz a nota divulgada pela entidade.

A Fetranspor diz ainda que as oscilações do preço combustível também preocupa os operadores do transporte público. "Nos últimos 15 meses, a variação do preço do combustível chegou próximo a 20%, o que vem pressionando os custos operacionais do setor de ônibus", finaliza.

O Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) se posicionou na mesma linha e anunciou uma racionalização da operação já a partir desta quarta (23), diante da iminente falta de combustível. "Os consórcios estão demandando todos os esforços para que a população não seja prejudicada e a operação seja mantida pelo máximo de tempo possível". Segundo a Rio Ônibus, as empresas têm um consumo médio de 764 mil litros de combustível por dia e há risco de paralisação total das operações.

Indústria

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) também manifestou preocupação com a paralisação. "Como o transporte rodoviário de cargas é o mais importante dentro da logística nacional, há risco de desabastecimento. Isto se mostra ainda mais grave no caso da indústria fluminense. A crise econômica dos últimos anos foi mais grave no estado do Rio do que no resto do Brasil. Tal conjuntura levou as empresas a trabalharem com estoques muito reduzidos, e qualquer paralisação no transporte leva rapidamente a desabastecimento", afirmou em nota.