AEB projeta crescimento de 3,1% nas exportações brasileiras este ano
A revisão da balança comercial para 2018, divulgada hoje (24) pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), projeta exportações de US$ 224,445 bilhões, aumento de 3,1% em relação aos US$ 217,750 bilhões efetivados no ano passado. As importações deverão atingir US$ 168,130 bilhões, mostrando expansão de 11,5% em comparação aos US$ 150,749 bilhões registrados em 2017. Com isso, a balança terá superávit de US$ 56,315 bilhões, queda de 15,9% na comparação com o saldo de US$ 67 bilhões gerados no ano passado. O presidente da AEB, José Augusto de Castro, disse que no caso das exportações, o aumento previsto de 3,1% virá, principalmente, de dois produtos. O primeiro é a soja, cujo preço projetado no final de 2017 era US$ 370 a US$ 380 por saca de 50 quilos. O segundo produto que contribuirá para a elevação das exportações este ano é o petróleo que, no final do ano passado, deveria ficar na faixa de US$ 50 a US$ 55 o barril, de acordo com as estimativas e, durante todo o primeiro semestre deste ano, ficou entre US$ 70 e US$ 78 o barril. "São os dois produtos que tiveram peso nesse aumento pequeno de 3,1%", apontou Castro. Outro dado positivo para as exportações brasileiras foi que a queda de seis milhões de toneladas na safra brasileira, projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não ocorreu. "Em vez de cair seis milhões de toneladas, houve aumento de dois milhões (na safra brasileira)", disse Castro. O presidente da AEB lembrou ainda que a Argentina, que previa colher uma supersafra, sofreu uma superseca, e colheu 42 milhões de toneladas, experimentando queda de 14 milhões de toneladas em relação previsão de 56 milhões de toneladas. "Isso fez com que os preços subissem, porque a Argentina não tinha soja". O comércio exterior vai ter um aumento de quantidade em função do crescimento da safra brasileira, o que favorece o Brasil. Castro disse que apesar da queda de preço da soja no mercado internacional, da ordem de 20%, o Brasil não está perdendo. Está recebendo um bônus devido à demanda maior do mercado externo. Explicou que a redução do preço da soja não teve impacto para o Brasil, porque a safra já havia sido vendida antes, na época em que ficou claro que haveria uma superqueda na Argentina. "E o Brasil aproveitou o preço da Argentina".
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