Rio premia policiais que cumpriram metas de redução de criminalidade
Cerca de 60 mil policiais civis, militares e servidores da segurança pública do Rio de Janeiro que atingiram as metas de redução dos indicadores de criminalidade receberam prêmios hoje (27) em cerimônia na Cidade da Polícia. O pagamento referente ao Sistema de Metas e Acompanhamento de Resultados (SIM) estava suspenso desde 2015. Foram entregues hoje os prêmios de produtividade, boas práticas e de integração relativos a sete ciclos, do primeiro semestre de 2015 ao primeiro semestre de 2018. Criado em 2009, o SIM premia os batalhões por sua atuação na redução de letalidade violenta, que inclui homicídio doloso, morte por intervenção legal, latrocínio e lesão corporal seguida de morte; roubo de veículo; e roubo de rua, que inclui roubo a transeunte, roubo de celular e em coletivos. O valor total da premiação chegou a R$ 304 milhões, tendo sido quitadas as gratificações até o primeiro semestre de 2017. A premiação é dividida em três níveis: Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP), as Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) e para as Unidades Especiais. Na cerimônia, o secretário de Segurança, general Richard Nunes, afirmou que o estado passava por uma ação deliberada para enfraquecer as polícias, mas que com a intervenção federal foi possível recuperar as corporações e voltar a pagar o sistema de metas. "Nós encontramos um quadro de desmotivação, órgãos de policiais combalidos, com deficiências materiais, desestruturados e com pouca esperança no futuro. O general Braga Netto determinou claramente os objetivos de recuperação da capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e a redução dos índices de criminalidade. Nós nos propusemos a algo estruturante e a palavra de ordem desde o primeiro momento era a integração entre as polícias." De acordo com o interventor federal, general Walter Braga Netto, a parceria com o governo do estado foi fundamental para retomar as premiações, segundo ele, muito importantes para reconhecer o bom trabalho policial. Para Braga Netto, o principal legado da intervenção, que se encerra no dia 31 de dezembro, é a integração das duas instituições bicentenárias, as polícias Civil e Militar do estado, e a melhoria da gestão dos órgãos. "Eu vejo aqui na minha frente hoje duas instituições com mais de 200 anos, que têm valores e uma tradição. Quando nós chegamos, a minha grande preocupação era que os senhores não nos vissem como uma nova equipe que vem para auxiliá-los, que não nos vissem como intervenção, mas como uma janela de oportunidade. O mais importante é vocês terem a consciência de que são instituições de Estado e que são complementares. Que nenhum busque a preponderância e os holofotes, mas que trabalhem juntos, porque juntos vocês conseguem atingir as metas. Vocês são heróis que se dedicam ao bem-estar da população". O governador Luiz Fernando Pezão lembrou das dificuldades enfrentadas em sua gestão com o que qualificou como a maior crise financeira vivida pelo país e, em clima de despedida, afirmou que vai entregar o cargo com todas as contas em dia. "Está tudo caminhando, na semana que vem eu dou a data para o pagamento do décimo terceiro. Vamos fazer com muita tranquilidade, muita calma, estamos botando tudo em dia. Estou indo para o último mês, mas vou trabalhar muito até o dia 31 de dezembro, tenho um calendário de inaugurações de obras pelo estado todo. Tivemos uma das arrecadações que mais cresceram no país e uma das maiores reduções de gastos, cresceu quase 11% em média e reduzimos de 5% a 7% as despesas, mês a mês".
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