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Iate de luxo de Eike Batista vai a leilão por R$ 18 milhões

Iate Pershing 115 do empresário brasileiro Eike Batista - Divulgação/Veleiro Planeta Água
Iate Pershing 115 do empresário brasileiro Eike Batista Imagem: Divulgação/Veleiro Planeta Água

04/12/2018 21h01

Por determinação do juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, o iate Pershing SPA, do empresário Eike Batista vai ser leiloado na quinta-feira (13) da semana que vem, com lance mínimo no valor de R$ 18 milhões.

O iate tem salas, 4 quartos, sendo duas suítes, e espaço para guardar dois jet skis. A embarcação de alto luxo tem capacidade para 22 pessoas, sendo 21 passageiros e um tripulante. É equipado com sistema de som MP3, vídeo, TV LCD de 67 polegadas na sala e TVs menores nos outros ambientes. A suíte master é composta por sauna e closet e a cozinha é toda decorada em aço escovado.

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Na descrição da embarcação, o juiz Marcelo Bretas informa que o iate tem baixíssimas horas de uso e a parte interna da embarcação está muito bem cuidada não aparentando os anos que tem. O iate foi construído em 2009. São necessários alguns reparos porque a embarcação não vem sendo utilizada para navegação, pois por decisão judicial, a Capitania dos Portos não emitiu o documento de autorização para navegação dos anos de 2016, 2017 e 2018. As taxas e impostos vêm sendo pagos anualmente.

Caso não seja arrematado, o iate irá a leilão novamente no dia 18, com redução de 25% do lance inicial.

Condenação

No dia 3 de julho deste ano, o empresário Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de fazer pagamentos indevidos no valor de US$ 16,5 milhões ao ex-governador fluminense Sergio Cabral (MDB), em 2011, e de tentar ocultar a propina por meio de uma operação de lavagem de dinheiro.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, a fim de ocultar o pagamento a Cabral, o doleiro Renato Chebar criou uma empresa offshore chamada Arcadia Associados, que assinou um contrato fictício com a empresa Centennial Asset Mining Fund, de Eike Batista, para a possível aquisição de uma mina de ouro.