Imóveis de doleira presa com dinheiro na calcinha vão a leilão de R$ 5,6 mi
Por decisão judicial, 37 apartamentos que pertenciam à doleira condenada pela Lava Jato Nelma Kodama irão a leilão pelo valor inicial total de R$ 5,6 milhões. A disputa acontecerá virtualmente no próximo dia 10 de dezembro.
Os imóveis de 30 m² estão localizados no Hotel Villa Lobos, na zona Oeste de São Paulo - área nobre da cidade. Segundo o leiloeiro, Jorge Nogari, os apartamentos estão distribuídos entre o 2º e 9º andares.
A decisão do juiz federal da 12ª Vara Federal de Curitiba, Danilo Pereira Júnior, foi emitida em 8 de novembro e determinou a venda de 38 lotes com preço inicial de R$ 19 mil. Na segunda-feira (03), aconteceu a primeira rodada das vendas.
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Apenas um comprador de Brasília, cujo nome não foi divulgado, arrematou um imóvel por R$ 190 mil, com isso, a segunda rodada tem lance inicial de R$ 152 mil para cada um dos 37 imóveis restantes.
"Historicamente os leilões da Lava Jato atraem o público por ter serem bens de luxo com valores atrativos. E é comum o pessoal procurar a segunda rodada de vendas para tentar preços mais baixos. Mas há o risco de haver muita disputa e o lance final sair maior do que o inicial, da primeira rodada", explicou o leiloeiro Jorge Nogari.
Condenada na Lava Jato, Nelma era amante do doleiro Alberto Youssef e ganhou destaque na imprensa depois que cantou uma música de Roberto Carlos em depoimento à CPI da Petrobras, em maio de 2015.
“Amante é uma palavra que engloba tudo, né? Amante é esposa, é amiga... Tem até uma música do Roberto Carlos ‘amada amante, amada amante’", disse e cantou durante depoimento.
Ela foi presa em flagrante em março de 2014, quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com 200 mil euros escondidos na calcinha. Ela foi solta em 2016, após firmar acordo de delação premiada. Apesar disso, a condenação pela Lava Jato chegou a 18 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção, atualmente cumpre prisão domiciliar.
Em 2015, um veículo Porsche da doleira foi leiloado por R$ 200 mil.
Os valores do leilão serão depositados integralmente em uma conta judicial. O leiloeiro recebe 5% sobre valor pago. Por exemplo, no caso da venda de um imóvel pelo preço mínimo, R$ 152 mil vão para conta da Justiça e R$ 7,6 mil para os leiloeiros.
"É como fossem quartos de hotel. Apartamentos com banheiro. E por um preço abaixo de mercado, que pelo que vi gira em torno de R$ 220 mil", contou Nogari.
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