Médicos descartam cirurgia em paisagista agredida por rapaz no Rio
Os médicos do Hospital Casa de Portugal, no Rio de Janeiro, descartaram hoje (19) a necessidade de cirurgias emergenciais na paisagista e empresária Elaine Perez Caparroz, de 55 anos, agredida por mais de quatro horas na madrugada do último sábado (16), em seu apartamento na Barra da Tijuca.
Segundo o último boletim divulgado pela equipe médica, Elaine já deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e se encontra em um apartamento.
Ela apresenta "boa evolução clínica e laboratorial e, após novas reavaliações pela nossa equipe médica, a paciente não necessita de intervenções cirúrgicas no momento", disseram os médicos, acrescentando que a paciente "encontra-se estável e segue em observação".
Apesar de a realização de cirurgias emergenciais estar descartada de imediato, a vítima deverá passar por cirurgias reparadoras em consequência da violência das agressões. Ela sofreu fratura do nariz e em ossos perto dos olhos e ainda levou 40 pontos na boca.
Vinícius Serra, o agressor, foi preso em flagrante ainda na madrugada de sábado (16) no interior do prédio da própria vítima, porque o porteiro do edifício, um dos primeiros a socorrer Elaine, impediu que o rapaz fugisse.
Tentativa de feminicídio
Vinícius se encontra preso preventivamente acusado de tentativa de feminicídio e a polícia investiga se houve premeditação nas agressões porque o rapaz forneceu um nome falso ao se apresentar na portaria do prédio da vítima. O caso foi registrado na 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) como tentativa de feminicídio.
Um dos seguranças já ouvidos pela polícia disse, em depoimento, que chegou a bater na porta várias vezes e que o acusado teria gritado de dentro do apartamento para que ele arrebentasse a porta se quisesse entrar.
O juiz Alex Quaresma Ravache, em audiência de custódia realizada ontem (18), converteu a prisão em flagrante do agressor em preventiva, o que significa que ele vai continuar preso. O magistrado também determinou que ele seja encaminhado para avaliação médica psiquiátrica.
A Polícia Civil levantou que o acusado tem registro de agressão contra o próprio irmão, que é deficiente físico, e também o contra o próprio pai, em fevereiro de 2016.
O motivo da agressão, segundo informações levantadas pela polícia, teria sido o desaparecimento de R$ 1,2 mil, dinheiro que teria sumido da residência da família. Vinícius acusou o irmão. Estudante de Direito, Vinicius Batista Serra mora no Leme, bairro da zona sul do Rio. Ele é faixa roxa de jiu-jitsu.
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