Linha de frente: histórias de agentes de saúde no combate à covid-19
Um exército de profissionais de saúde sai de casa todos os dias para combater um inimigo invisível: o novo coronavírus. No campo de batalha, se paramentam como se estivessem chegando em outro planeta, com gorros, capotes e máscaras, macacões, face shield e luvas. Só os olhos ficam visíveis. Mas em vez de uma missão intergaláctica, a turma vestida de branco enfrenta salários atrasados e falta de equipamentos de proteção individual, e entra nos hospitais para pisar em um campo minado.
O Caminhos da Reportagem ouviu agentes de saúde que sofreram preconceito nas ruas por vestir branco, e outros que tiveram parente entubado depois da entrevista.O programa vai ao ar neste domingo (7), às 20h, na TV Brasil.
O médico emergencista Laelcio dos Santos (Samu/SP), que atua há mais de 20 anos no resgate de paciente em ambulância, afirma que 95% das ocorrências são casos de covid-19: "No transporte para o hospital esse paciente vai ficando cada vez mais sozinho, e lá nos despedimos de alguém que não terá os familiares por perto também".
A enfermeira intensivista Jessica Lisla, de Manaus (AM), sente falta de tocar no ombro ou nas mãos dos pacientes. "Agora é só olho no olho. E quando estão sedados e intubados, eu converso no ouvido porque sei que a audição é o único sentido que eles não perdem.
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