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Prisão na Cracolândia causa confronto em SP

22/01/2014 08h44

São Paulo - A prisão de um acusado de tráfico de drogas pela Polícia Militar causou tumulto na tarde desta segunda-feira, 20, na Alameda Barão de Piracicaba, no centro de São Paulo. Desde a semana passada, a rua concentra o maior número de usuários de crack da região da Cracolândia.

Comerciantes do bairro e usuários de droga relataram violência da PM durante a ação "Eles empurraram uma grávida", disse um dos dependentes. "Ouvi três bombas", disse a comerciante Renata Moura Soares, de 30 anos. "O pessoal que foi lá disse que um policial jogou gás em uma gestante."

De acordo com o tenente William Thomaz, coordenador da Operação Nova Luz, houve reação dos usuários de droga durante a prisão e, por isso a polícia teve que usar uma bomba de efeito moral. "Já existe uma movimentação natural dos usuários quando a viatura vai prender o traficante. Eles atiram pedras e paus. Ontem (esta terça-feira, 21), eles tentaram virar a nossa viatura. Com base nisso, uma viatura nossa da Força Tática foi em apoio." O preso foi levado ao 77.º DP (Santa Cecília).

Ainda de acordo com o tenente, a PM tinha informação que o tráfico era realizado por uma mulher e um homem, mas os policiais não conseguiram abordar a mulher. "Não tenho a informação se ela estava grávida", acrescentou. Desde a sexta-feira, 17, a polícia já prendeu sete acusados de tráfico só na Alameda Barão de Piracicaba. Dois procurados pela Justiça também foram presos e cerca de 700 pedras de crack, apreendidas.

Programa

Até o momento, 350 ex-moradores da favela da Cracolândia estão cadastrados na Operação Braços Abertos. O programa da Prefeitura consiste no custeio de alugueis de quartos da região, fornecimento refeições , acompanhamento médico e um emprego de varrição de praças.

Nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Estadão, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que um grande número de usuários cadastrados tem trabalhado. "Ontem, 292 dos 300 beneficiários (do balanço anterior) compareceram ao trabalho e trabalharam 4 horas do dia. provavelmente não faziam isso há anos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.