Sabesp deve aprovar transposição do Paraíba do Sul esta semana, diz Alckmin
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (26) que o conselho administrativo da Sabesp deve aprovar em reunião na próxima quinta-feira a proposta de transposição do rio Paraíba do Sul, que foi incluída na semana passada pelo governo federal no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Segundo ele, a licitação para a obra deve ser lançada já na sexta-feira e a ideia é concluí-la em 90 dias. A expectativa é de que a obra, orçada em R$ 830,5 milhões, leve 18 meses.
"Essa obra estava prevista para 2020, mas estamos antecipando em cinco anos. Quando se interliga bacias hidrográficas, uma ajuda a outra", afirmou o governador paulista.
O empreendimento integra as águas da bacia do rio Paraíba do Sul ao sistema Cantareira através de um canal entre as represas Atibainha, que abastece São Paulo, e o reservatório Jaguari, no Rio de Janeiro.
Além disso, Alckmin anunciou que a produção do sistema Alto Tietê deve ser elevada em 0,5 metro cúbico por segundo esta semana, "provavelmente amanhã".
O governador também explicou que estão sendo adquiridas membranas ultrafiltrantes para aumentar a produção de Guarapiranga, já que a estação de tratamento que atende à reserva está operando na capacidade máxima, de 15 metros cúbicos por segundo.
"São Pedro acertou na pontaria, porque o Guarapiranga subiu 2,6 pontos de ontem para hoje. Agora só falta o Cantareira", disse o governador.
Sobre a transferência da água da Billings para outros sistemas, Alckmin se recusou a dar uma data para esse aumento de vazão, afirmando que ainda estão sendo feitos estudos técnicos e que um anúncio oficial deve ser feito em breve.
Alckmin também disse que o governo tem trabalhado para aumentar a utilização da chamada água de reúso, em especial por grandes empresas.
Os projetos são tocados pela Aquapolo, empresa na qual a Sabesp é acionista, junto com a Odebrecht. Esta semana a produção dessa água de reúso deve ser elevada em 0,18 metro cúbico por segundo, volume que deixa de sair das torneiras da Sabesp.
O político também comentou sobre uma reunião do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, esta semana com cerca de 30 prefeitos do Estado para discutir como fica a situação de cidades que não são atendidas pela Sabesp. "A reunião é muito positiva. As cidades são independentes, mas podemos ajudar. São Paulo já é o Estado com o menor nível de desperdício no País", comentou.
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Enquanto Alckmin corre e possui alternativas (não digo nem da represa Billings, e sim da terceira cota do volume morto que ninguém cogitou ainda), Pimentel, petista, de MG já disse que em 3 meses planeja iniciar um racionamento severo em seu estado, e desde já culpa os governos anteriores. Mas é claro, ninguém agradece o governo que fez as Termoelétricas, pois se nós dependessemos apenas das hidrelétricas já estaríamos no escuro. E ainda bem que votaram no Alckmin. Se fosse o Padilha, primeiro estaria junto com sindicatos e o MST fazendo passeatas para culpar os tucanos pela crise hídrica. Depois diria: "Meu governo não vai deixar faltar água! Mas é que o problema de hoje é irremediável porque os tucanos destruíram tudo". Aí basicamente terminaria as obras que já estão sendo feitas, e em seguida diria: "Graças ao PT temos essas obras". Ufa, nos livramos dessa. O Pessoal de MG que aguente.
Se eu atrasar a conta eles me cobram multa, se eles deixarem de me fornecer água, vão ter que me edenizar, vou entrar com uma ação, espero que todos corram atrás.