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Sabesp deve aprovar transposição do Paraíba do Sul esta semana, diz Alckmin

Em São Paulo

26/01/2015 13h25

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (26) que o conselho administrativo da Sabesp deve aprovar em reunião na próxima quinta-feira a proposta de transposição do rio Paraíba do Sul, que foi incluída na semana passada pelo governo federal no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Segundo ele, a licitação para a obra deve ser lançada já na sexta-feira e a ideia é concluí-la em 90 dias. A expectativa é de que a obra, orçada em R$ 830,5 milhões, leve 18 meses.

"Essa obra estava prevista para 2020, mas estamos antecipando em cinco anos. Quando se interliga bacias hidrográficas, uma ajuda a outra", afirmou o governador paulista.

O empreendimento integra as águas da bacia do rio Paraíba do Sul ao sistema Cantareira através de um canal entre as represas Atibainha, que abastece São Paulo, e o reservatório Jaguari, no Rio de Janeiro.

Além disso, Alckmin anunciou que a produção do sistema Alto Tietê deve ser elevada em 0,5 metro cúbico por segundo esta semana, "provavelmente amanhã".

O governador também explicou que estão sendo adquiridas membranas ultrafiltrantes para aumentar a produção de Guarapiranga, já que a estação de tratamento que atende à reserva está operando na capacidade máxima, de 15 metros cúbicos por segundo.

"São Pedro acertou na pontaria, porque o Guarapiranga subiu 2,6 pontos de ontem para hoje. Agora só falta o Cantareira", disse o governador.

Sobre a transferência da água da Billings para outros sistemas, Alckmin se recusou a dar uma data para esse aumento de vazão, afirmando que ainda estão sendo feitos estudos técnicos e que um anúncio oficial deve ser feito em breve.

Alckmin também disse que o governo tem trabalhado para aumentar a utilização da chamada água de reúso, em especial por grandes empresas.

Os projetos são tocados pela Aquapolo, empresa na qual a Sabesp é acionista, junto com a Odebrecht. Esta semana a produção dessa água de reúso deve ser elevada em 0,18 metro cúbico por segundo, volume que deixa de sair das torneiras da Sabesp.

O político também comentou sobre uma reunião do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, esta semana com cerca de 30 prefeitos do Estado para discutir como fica a situação de cidades que não são atendidas pela Sabesp. "A reunião é muito positiva. As cidades são independentes, mas podemos ajudar. São Paulo já é o Estado com o menor nível de desperdício no País", comentou.