Rio Grande do Norte decreta calamidade do sistema prisional
Além do decreto da situação de calamidade, o governo informou ter requisitado ao Ministério da Justiça auxílio do Departamento Penitenciário Nacional e de policiais da Força Nacional de Segurança. O Poder Executivo do Estado disse ter tomado a medida após apreciação de relatório de diagnóstico que detalhou a ação dos rebelados nos presídios.
Em meio à crise, o secretário de Justiça e Cidadania - pasta responsável pela administração do sistema prisional -, Zaidem Heronildes, pediu exoneração do cargo e a administração ainda procura por um novo nome para substituí-lo. As atribuições foram acumuladas pela secretária de Segurança Pública, Kalina Leite.
De acordo com levantamento do governo, uma estrutura equivalente a mil vagas do sistema prisional potiguar foi destruída nas penitenciárias de Alcaçuz e Parnamirim, na Grande Natal, e na Cadeia Pública, localizada na zona norte da capital. A situação de instabilidade nos presídios perdurou durante esta segunda-feira, quando foram registradas ocorrências de colchões queimados e celas depredadas.
Entre o final da tarde e a noite desta segunda-feira, cinco ônibus foram tomados por homens em pontos distintos da cidade e foram incendiados. As empresas de transporte recolheram todos os veículos em circulação após os crimes e só retomaram o serviço na manhã desta terça-feira.
Crise
Com o decreto de calamidade, a administração planeja uma força-tarefa para construção, restauração, reformas e adequações de vagas no sistema prisional.
"À força tarefa caberá também a contratação emergencial de projetos construtivos; nomeação de agentes penitenciários aprovados no último concurso público para atendimento dos serviços de vigilância e estabelecimento de relações administrativas com órgãos federais para concessão de financiamentos", informou o governo em nota.
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