Em BH, CUT e entidades reúnem 400 pessoas, diz PM
A CUT-MG e outras entidades, como o Levante Popular da Juventude, MST, UNE e Movimentos Atingidos por Barragens, já reuniam no início da tarde desta sexta-feira 400 pessoas na Praça Afonso Arinos, no centro da capital mineira, segundo estimativa da Polícia Militar. A CUT-MG, no entanto, calculava a presença de cerca de mil pessoas.
O ato marca as comemorações do Dia do Trabalhador e a principal bandeira é protesto contra o projeto de lei 4330, que regulamenta a terceirização. Ontem à noite, já houve uma ação sobre o assunto, na Faculdade de Direito da UFMG, com um debate, promovido pela OAB e pela CUT.
Perto das 11h30, os manifestantes saíam da praça e começavam a marchar pelas ruas do centro em direção à Praça da Liberdade. Em frente ao prédio do Tribunal de Justiça, na Avenida Afonso Pena, estudantes protestaram contra a demora dos julgamentos no Judiciário, um com a máscara do ministro Gilmar Mendes, sentado nas escadas. Já no Legislativo mineiro ocorrerá, a partir da tarde desta sexta-feira, o VI encontro dos movimentos sociais que durará até o domingo.
Para Beatriz Cerqueira, presidente da CUT-MG, o fato de a presidente Dilma Rousseff sinalizar ser contra p projeto de lei da terceirização é reflexo da pressão social. "Continuaremos com essa pressão até essa lei não ser aprovada. A terceirização mata os direitos dos trabalhadores. Estamos a favor também da reforma política", disse.
Na Praça Sete, também no centro, um grupo se reunia, organizado pela Força Sindical. Diferente de São Paulo, a entidade mineira também defende o veto a lei da terceirização. Segundo Daniel dos Santos, representante da Força Sindical e da Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado (Feessemg), a entidade também é contra corrupção e estagnação econômica. O grupo fazia uma "sardinhada" no local, com distribuição de vinho. "O povo não consegue comprar mais carne, só sardinha. E o vinho é em alusão ao que foi distribuído pela Dilma em Brasília", declarou.
Questionada se já que a Força Sindical também é contra a lei da terceirização não seria o caso de fazerem o ato em conjunto, Beatriz, da CUT-MG, foi enfática. "Quem é contra se junte a nós", disse.
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