Motoristas protestam contra obrigatoriedade de cadeirinhas em São Paulo
Motoristas de transporte escolar protestam na manhã desta sexta-feira (17) contra a padronização nacional dos veículos e obrigatoriedade do uso das cadeirinhas. Os manifestantes também reivindicam isenções fiscais. Eles saíram de diversos pontos da capital paulista, entre 6h e 8h, e se dirigem para a praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, na região central de São Paulo.
Os proprietários de vans escolares estão em carreata por vários lugares, o que reduz a velocidade do tráfego. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), por volta das 8h30, eles passavam pela avenida Interlagos, na zona sul, próximo à marginal Pinheiros. Também havia ocupação no Corredor Norte-Sul, próximo ao viaduto 11 de Junho, sentido Santana.
Na marginal Pinheiros, mas na altura da avenida Rebouças, na zona oeste, os motoristas ocupavam a pista local, no sentido rodovia Castelo Branco. Na mesma região, os motoristas seguiam pela marginal Tietê, no sentido rodovia Ayrton Senna, próximo à ponte Júlio de Mesquita Neto.
Mais cedo, a faixa da direita da avenida Paulista, sentido rua da Consolação, no centro, também estava ocupada. Na zona leste, os motoristas passaram pela avenida Aricanduva e pela Radial Leste.
Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada no mês passado, determina que os dispositivos de segurança no transporte de menores de 7 anos e meio (bebês conforto e assentos de elevação) são itens obrigatórios nos veículos de transporte escolar. Um dos argumentos dos condutores é que o serviço não é exclusivo a crianças e, muitas vezes, os carros atendem desde bebês a até estudantes universitários.
"Não estamos manifestando exclusivamente contra as cadeirinhas. A manifestação hoje é nacional e é, principalmente, contra a padronização nos veículos escolares, tema que será discutido hoje em audiência na Câmara dos Deputados, em Brasília", afirmou Hélio Menezes, presidente da Associação Regional de Transporte Escolar de São Paulo (Artesul), que organiza a manifestação em São Paulo.
Segundo Menezes, a padronização deve aumentar o preço dos veículos escolares de R$ 90 mil para cerca de R$ 280 mil. Os manifestantes também pedem para que a resolução do Contran sobre as cadeirinhas seja suspensa. Além disso, pedem para que a Prefeitura demarque faixas escolares, que as vans possam circular em faixas exclusivas de ônibus e que seja revogada a lei que proíbe o uso de insulfim nesse tipo de veículo.
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