Água continua a baixar e Guaíba registra menor nível desde domingo
O nível do Guaiba, em Porto Alegre, atingiu 4,65 metros às 15h desta sexta-feira (17). É a menor marca desde domingo (12).
O que aconteceu
Porto Alegre reabre comporta para escoar água na tarde de hoje. "Com o nível do Guaíba 40 cm mais baixo do que o volume acumulado no Centro, a operação irá facilitar o escoamento", explicou a prefeitura, detalhando a abertura da comporta 3 do muro da Mauá, na rua Pedro Tomé.
Outros pontos podem ser abertos no fim de semana. Expectativa é de que a água baixe expressivamente nos próximos dias.
Nível do Guaiba em tendência de queda. Na segunda (13), o Guaiba começou o dia com 4,64 metros e terminou com mais de 5 metros de altura. A água só começou a baixar expressivamente na quinta (16).
Guaíba continua 2 metros acima da cota de inundação. A referência, de 3 metros, é usada para indicar quando há risco de danos aos municípios.
As ruas de Porto Alegre ainda ficarão alagadas por semanas. "Em junho, a perspectiva é que algumas áreas da cidade ainda tenham água acumulada, embora se preveja uma situação muitíssimo melhor do que hoje", informou o MetSul.
Por que o Guaíba demora a baixar
Basicamente, a vazão, o vento e as chuvas são os fatores responsáveis pela estabilização do Guaíba. O relevo é outro fator explica por que o nível do Guaíba não desce rapidamente: região fica em uma área plana, entre rios e morros.
Características da bacia hidrográfica também colaboram. O Guaíba escoa para o mar através da Lagoa dos Patos. No entanto, a vazão a caminho do mar já é naturalmente lenta devido ao desnível ser pequeno. Além disso, o final da lagoa tem uma passagem estreita e, quando a maré está alta, as águas encontram mais dificuldades para desembocar no oceano.
Números da tragédia
Dos 497 municípios gaúchos, 461 sofreram alguma consequência dos temporais. As cidades atingidas no estado representam 92% do total. As informações são do último boletim da Defesa Civil.
Número de afetados pelos temporais no Rio Grande do Sul é de 2.295.022. Ao menos 540.192 pessoas ficaram desalojadas e 78.165 estão em abrigos.
Mortes chegam a 154, até a última atualização da Defesa Civil às 12h desta sexta-feira. Ainda são 98 desaparecidos, além de 806 feridos.
Ao menos 82.666 pessoas foram resgatadas. Já o número de animais salvos chegou a 12.108.
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