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STF manda sequestrar bens do deputado Arthur Lira e do senador Benedito Lira

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) - Beto Barata/Folhapress
O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) Imagem: Beto Barata/Folhapress

Em São Paulo e Brasília

24/02/2016 11h50Atualizada em 24/02/2016 13h54

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o sequestro de bens do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e do seu pai, o senador Benedito Lira (PP-AL), ambos investigados pela Operação Lava Jato.

O pedido partiu da Polícia Federal e atinge bens até o valor total de R$ 4,2 milhões. O deputado terá seus bens sequestrados até a quantia de R$ 2,6 milhões, enquanto que o senador até o limite de R$ 1,6 milhão.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, determinou que o Banco Central seja informado imediatamente da medida judicial para operacionalizar junto às instituições financeiras em que os dois políticos mantêm contas a retenção dos correspondentes valores.

O sequestro patrimonial do deputado é maior do que o do seu pai porque as investigações apontaram que ele teria pedido, em 2011, ao empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, R$ 1 milhão.

O empreiteiro é um dos delatores do esquema de corrupção na Petrobras pelo qual as empresas distribuíam propina a políticos em troca de obras na petroleira.

Os parlamentares do PP foram citados por três delatores da Lava Jato: o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o empreiteiro Ricardo Pessoa. De acordo com Youssef, Arthur Lira teve uma dívida de R$ 200 mil paga pelo esquema.

Procurado pela reportagem do UOL, Arthur Lira classificou o sequestro como "injusto" e disse que que nem ele e nem seus advogados estão informados sobre a decisão do STF .

"A meu ver, foi uma decisão injusta. A imprensa ficou sabendo disso antes de mim e dos meus advogados. Vamos nos informar sobre o assunto e depois vamos decidir o que fazer", afirmou o deputado.

Já a assessoria de imprensa do senador Benedito de Lira afirmou que o parlamentar "recebeu a notícia com surpresa, mas que ele continua com a mesma postura de serenidade e de confiança na Justiça em relação ao caso".