Conselho comunitário dá apoio a PMs que mataram menino em São Paulo
O presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do Portal do Morumbi, Celso Cavallini, afirmou na quarta-feira (8) que a entidade vai "prestar todo o apoio" aos policiais militares envolvidos no caso que terminou na morte de um menino de dez anos que, juntamente com o amigo de 11, furtou um carro de um condomínio na Vila Andrade, na zona sul de São Paulo.
Eles foram perseguidos pela PM, bateram o veículo e o menino de dez anos levou um tiro na cabeça. Os policiais afirmam que houve tiroteio. Mas o garoto de 11, que inicialmente confirmou a versão dos PMs, agora nega o confronto. "Se houver necessidade, vamos dar apoio jurídico e oferecer advogados para defendê-los", disse Cavallini.
O menino sobrevivente deu três versões para o caso. A primeira, gravada em vídeo pelos PMs, afirma que o amigo dirigia e atirava contra os policiais. Na segunda, confirmou os tiros, mas, depois que o carro parou, um PM se aproximou e atirou. Afirmou também que levou um tapa e foi ameaçado. Na última, negou que o amigo estivesse armado e contou que a arma foi "plantada" pelos policiais. Cavallini acompanhou a gravação do vídeo. "Não havia pressão de ninguém e foi natural. Depois, eu acredito que ele possa ter sido induzido."
Testemunha
Na quarta-feira, o advogado Marco Antônio de Carvalho Gomes afirmou à polícia que apenas ouviu tiros durante a perseguição policial, mas negou ter visto de onde partiram os disparos. Gomes foi ouvido na Corregedoria da PM e no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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