Cunha tenta manobra para garantir mandato
Com o pedido, a sessão da comissão marcada para a segunda-feira, na qual deveria ser votado parecer sobre o recurso, foi adiada para terça-feira, mesmo dia marcado para a eleição do novo presidente da Câmara.
O argumento utilizado pelo peemedebista no aditamento é que, ao deixar o comando da Casa, sua condição foi alterada "profundamente", por isso a necessidade da revisão do resultado do Conselho de Ética.
Na petição protocolada ontem, o deputado afastado diz que o exercício do cargo foi uma das razões de aprovação do pedido de cassação e que agora as circunstâncias mudaram, já que ele volta a ser apenas um deputado.
Aliado de Cunha, o presidente da CCJ, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), justificou o adiamento da sessão pela necessidade de obter mais tempo para analisar o aditamento. "Queremos evitar nulidade."
Logo após a renúncia, parlamentares avaliaram que a decisão de Cunha poderia sensibilizar membros da CCJ a votar a favor do parecer de Ronaldo Fonseca (PROS-DF) - que acatou um dos itens do recurso -, o que faria o processo voltar ao Conselho de Ética. "A Casa tem que entender como um gesto positivo", disse o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), outro aliado de Cunha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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