Topo

Dilma: temos instrumentos para combater corrupção, legais e institucionais

29/08/2016 17h16

Brasília - A presidente afastada da República, Dilma Rousseff, respondeu a críticas feitas pelo senador Eduardo Amorim (PSC-SE) sobre o aumento da corrupção no seu governo, afirmando que o País dispõe de instrumentos legais e institucionais para combatê-la. Ela disse que a corrupção não começou no seu governo e listou algumas medidas adotadas, como o encaminhamento da lei de delação premiada e também a indicação técnica para cargos relacionadas com o combate a corrupção. "Nós respeitamos a autonomia do Ministério Público, não nomeamos nenhum 'engavetador' de processos", disse.

Dilma voltou a dizer que a crise internacional tem um papel importante na recessão no Brasil. "Infelizmente a mim foi dado dirigir o País num momento de queda da atividade econômica internacional. Não estou colocando a culpa em ninguém, estou constatando um fato". Ela afirmou que num primeiro momento conseguiu combater a crise internacional, inclusive com redução do desemprego e desonerações para ajudar empresários e trabalhadores.

Em sua fala, o senador Eduardo Amorim afirmou que o governo da petista foi caracterizado pela falta de diálogo com o Congresso Nacional. "Essa relação saudável (com o Poder Legislativo) se faz com diálogo, mas a senhora se distanciou do Congresso, desrespeitou ao editar decretos suplementares sem devida autorização do Congresso", disse. O senador afirmou que chegou a pedir a Dilma que dialogasse mais com os parlamentares.

Amorim disse que sente-se decepcionado com Dilma porque, assim como a maioria dos brasileiros acreditou nas promessas feitas pela petista durante a campanha eleitoral de 2014. Lamentou que, ao longo do segundo mandato de Dilma, o que se viu foi uma piora dos fundamentos econômicos, com alta da inflação, aumento do desemprego e descontrole das finanças públicas.