Em nota, Cunha rebate acusações de Dilma durante interrogatório
A presidente afastada citou o deputado diversas vezes em sua fala inicial e também durante respostas aos parlamentares. Ela o acusa de ter deflagrado o processo de impeachment por vingança, após ter "chantageado deliberadamente" membros de seu partido a fim de evitar a sua cassação.
Cunha afirmou que Dilma "esquece" que a acusação de que houve desvio de poder na abertura do processo já foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que "reafirmou a lisura" de seu ato. O deputado defendeu que a sua escolha de aceitar a denúncia contra Dilma foi confirmada na comissão especial e no plenário da Câmara, além de estar sendo confirmada pelo Senado Federal. "Ao que parece, está sendo comprovado que decretos autorizados pela presidente foram editados sem autorização legislativa, o que configura crime de responsabilidade."
Cunha voltou a afirmar que foi Dilma quem o chantageou para que ele não abrisse o processo de impeachment. "As tentativas de barganhas partiram do governo dela e por mim não foram aceitas", acusou. O deputado também disse que Dilma mentiu ao dizer que ele deu curso a pautas bombas ao comandar a Casa, que não votava projetos do governo e que em 2015 a Câmara estava parada.
"Desafio a mostrar qual foi a pauta bomba votada e qual projeto do governo não foi votado (...) Em 2015 foram votadas 28 medidas provisórias , 6 projetos oriundos do governo, incluindo o da Repatriação, assim como mais de 30 acordos internacionais, além de outras dezenas de proposições, o que tornou 2015 o ano recorde de apreciação de projetos", declarou Cunha.
"A presidente afastada segue mentindo contumazmente, visando a dar seguimento ao papel de personagem de documentário que resolveu exercer", provocou, fazendo referência às três equipes cinematográficas que registram o interrogatório. "Ela mente se utilizando da técnica fascista de que uma mentira é repetida exaustivamente até se tornar verdade."
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