Padilha não vai mais viajar para a China com Michel Temer
Padilha e Temer ficaram juntos no gabinete presidencial até depois das 23 horas da terça-feira, 30, quando Temer saiu para o Jaburu e eles decidiram de Padilha deveria ficar. O governo sabe da dificuldade de segurar os parlamentares em Brasília depois do processo de votação do impeachment, já que todos estão em plena campanha eleitoral, em suas bases e querem ajudar seus candidatos. As MPs perdem a validade na semana que vem.
Padilha, assim como Temer e o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira LIma, ficaram até de madrugada assistindo a sessão no plenário do Senado, que se estendeu até depois das duas da manhã. Ficando em Brasília, Padilha vai fazer dobradinha com Geddel para ajudar nestas votações no Congresso. Temer só retorna ao Brasil na manhã do dia 7 de setembro, quando participa da cerimônia do dia da Pátria e depois, segue para o Rio para a abertura das Paralimpíadas.
O governo quer acompanhar as votações das Medidas Provisórias que estão próximas de vencer. A primeira, é a que cria o PPI - Programa de Parcerias de Investimentos, que foi criado por Temer para cuidar das concessões e dos investimentos em infraestrutura em seu governo e que vai servir para a "ampliação e fortalecimento da interação entre o Estado e a iniciativa privada por meio da celebração de contratos de parceria para a execução de empreendimentos públicos de infraestrutura e de outras medidas de desestatização.
A outra MP é a que trata da reestruturação do governo com enxugamento dos ministérios. O governo quer aproveitar o quórum alto desta quarta-feira, que terá sessão do impeachment, para, em seguida, conseguir fazer a votação. Governo quer dar prosseguimento também às votações de outras medidas do ajuste fiscal. Temer está pressionando para aprovação de medidas do ajuste porque acredita que só com isso será possível o País voltar a crescer.
O presidente quer ainda que seja adiantada a preparação das reformas que o governo quer encaminhar para o Congresso, uma delas é da Previdência, que Temer tem insistido que quer mandar para o Congresso, antes das eleições municipais, para que seu governo não seja acusado de estelionato eleitoral. Mas aliados de Temer, candidatos às prefeituras, pressionam para que esse envio fique para depois porque temem que isso possa atrapalhar seus planos junto aos eleitores.
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