Planalto reúne assessores de imprensa para traçar ações de comunicação
A solenidade de lançamento do novo formato do ensino médio, na quinta-feira, no Planalto, foi um exemplo de modelo que não deve ser repetido porque foi mal explicado e gerou muitas dúvidas. A ideia é tentar convencer o ministro titular da área que a explicação antecipada do que será anunciada à sua assessoria ajudará a evitar que a pasta tenha de se explicar por problemas depois, como aconteceu neste caso, ressaltando que esta troca de informações não irá tirar o protagonismo do titular da pasta. Outra ideia é que o Planalto seja utilizado sempre que possível para dar visibilidade às ações de governo.
O Planalto está preparando, ainda, a criação de um novo portal de comunicação de governo, que deve ser lançado no início do ano que vem. A intenção do governo é incrementar o número de pessoas que acessam as páginas do governamentais na internet, ampliando a divulgação de suas ações.
Segundo levantamento feito pelo Planalto, atualmente 13 milhões de pessoas acompanham o governo federal nas mídias sociais. A avaliação, entretanto, é de que esse número pode crescer, com a maior participação de cada pasta, estimulando as ações do governo como um todo.
Em casos de assuntos que forem considerados de "interesse social", como uma campanha de vacinação, por exemplo, a postagem com a mensagem que o governo quer passar não precisaria ficar limitada as redes sociais do Ministério da Saúde. Outras pastas, então, compartilhariam a publicação, ampliando o alcance da mensagem.
Outro exemplo citado, durante a reunião, está relacionado à economia. Assim como uma campanha de vacinação, a divulgação da liberação da restituição de Imposto de Renda é considerada uma informação que interessa a toda a sociedade. Um link de um assunto em uma página diferente da sua finalidade, serviria para atrair outro tipo de leitor que poderia passar a ser também "informado" nas redes sociais de todos os ministérios e não apenas os do núcleo econômico.
Mais poder
A participação de integrantes da área de comunicação em decisões dos ministérios também deve mudar para se convencer os ministros para que os assessores façam parte na mesa de decisões. O conceito foi um dos apresentados pelo jornalista Eduardo Oinegue ao presidente Michel Temer, na conversa em que recusou o cargo de porta-voz. O governo, agora, está a procura de outro nome e voltou a pensar em um diplomata para o posto.
A "bateção de cabeça" entre ministros tem sido um dos principais problemas de comunicação do governo. O objetivo é que com a participação mais direta dos assessores de comunicação, os ministros sigam no protagonismo dos anúncios, porém estejam mais preparados sobre o tema para responder às demandas da imprensa.
Uma das sugestões que Temer também está avaliando é justamente dar aos ministros determinadas "missões". Eles não seriam proibidos de falar, pelo contrário, seriam estimulados, no entanto, apenas sobre temas predeterminados. Com isso, o governo possivelmente evitaria que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, considerado por aliados de Temer "reincidente em falar besteira", falasse sobre outra área do governo, como fez ao dizer que achava difícil que a PEC do teto dos gastos seja aprovada este ano.
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