Prefeito do Rio vai a velório do presidente da Portela
O velório aconteceu na quadra da Portela, na zona norte. O enterro, no cemitério Jardim da Saudade, zona oeste. A Polícia Civil já ouviu cinco dos sete filhos de Falcon, além de quatro testemunhas do homicídio, que ocorreu por volta das 16 horas de segunda no comitê, em Oswaldo Cruz, zona norte.
Dois ou três homens encapuzados invadiram o local, na esquina das ruas Maria José e Carlos Xavier, e dispararam pelo menos 15 tiros de fuzil. Quatro atingiram a vítima. Aparentemente auxiliados por quatro comparsas, os criminosos fugiram.
A Delegacia de Homicídios já tem imagens de câmeras de segurança nas imediações do comitê e formulam um perfil de Falcon na tentativa de identificar inimigos. O portelense era policial militar e já foi acusado de integrar uma milícia. Mantinha casos extraconjugais e tivera desavenças no mundo do samba. Em abril passado, Falcon não compareceu a uma audiência judicial sobre uma ameaça de morte que denunciara. O caso foi, então, arquivado.
Casado havia dez anos com Selminha Sorriso, porta-bandeira da Beija-Flor, Falcon era filho adotivo de Tia Surica, famosa integrante da Velha Guarda da Portela. Ele presidia a Associação Samba é Nosso, que organiza os desfiles das escolas de samba dos grupos C, D e E do carnaval carioca. Na Portela, havia sido vice-presidente na gestão passada e em maio elegeu-se presidente. Com sua morte, o vice-presidente Luis Carlos Magalhães assume a escola, que tem Paulo Barros como carnavalesco e apresentará no próximo carnaval o enredo "Foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar", sobre rios.
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