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Vice-governador de Goiás é baleado e candidato a prefeito morre em atentado

28/09/2016 20h23

Brasília - Uma carreata comandada pelo governador em exercício de Goiás, José Eliton (PP), terminou em tragédia na tarde desta quarta-feira, 28, em Itumbiara, cidade a 240 quilômetros de Goiânia. O candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB), o Zé Gomes, que estava ao lado de Eliton na carroceria de uma caminhonete, foi executado com tiro na cabeça. O autor dos disparos, o funcionário público Gilberto Ferreira do Amaral, e o policial militar Vanilson Rodrigues morreram minutos depois em tiroteio.

Ferido com tiros no abdome, o governador em exercício foi levado para o hospital municipal de Itumbiara. No começo da noite, ele foi transferido de helicóptero para a capital. Até o fechamento desta matéria, não tinha sido divulgado boletim médico, mas a previsão é de que José Eliton passaria por uma cirurgia para a retirada de dois projéteis. O deputado Jovair Arantes (PTB) e o senador Wilder Morais (PP) também estavam no carro de Zé Gomes, mas não foram atingidos pelos disparos.

A Polícia Civil de Goiás informou que Gilberto Ferreira do Amaral, de 53 anos, o atirador, era auxiliar de serviços gerais da Secretaria Municipal de Saúde de Itumbiara. No crime, ele usou uma pistola 40 mm. Até o momento, os investigadores não divulgaram a motivação do assassinato de Zé Gomes. O cabo da Polícia Militar que morreu no tiroteio fazia a segurança do candidato a prefeito.

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), está em viagem aos Estados Unidos. Ele anunciou a volta imediata ao País. Minutos após a notícia do atentado ser divulgada por blogs e sites de Goiás, políticos do Estado manifestaram o pesar pela morte de Zé Gomes. "É uma tragédia que choca a todos nós goianos", afirmou em nota o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado.

Um dos mais ricos políticos do interior goiano e ex-prefeito, Zé Gomes declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 110 milhões, formado em sua maioria por fazendas. Chamado de "Maluf de Itumbiara" por uma série de acusações, o candidato tentava voltar ao comando da prefeitura, que chefiou de 2005 a 2012. Nestas eleições, ele conseguiu montar uma coligação de 14 partidos, incluindo o PT, o PMDB e o PSDB.