Senadores da oposição pedem renúncia de Michel Temer
Senadores da oposição pediram em discursos no plenário a renúncia do presidente Michel Temer, após o agravamento da crise no Palácio do Planalto por causa das denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que o presidente também o teria pressionado.
Na tarde dessa segunda-feira (28), o líder do PT, Humberto Costa (PE), foi à tribuna do Senado pedir que Temer renuncie. "O melhor seria que esse presidente tivesse a grandeza moral e política de renunciar agora, para que, assim, o povo brasileiro pudesse exercer o direito de soberanamente escolher um mandatário para exercer a Presidência da República", afirmou o senador.
Costa afirmou ainda que o Brasil vive um novo golpe, após o impeachment de Dilma Rousseff. O senador afirmou que partidos aliados de Temer querem esperar 2017 para derrubar o presidente e, assim, promover uma eleição direta no Congresso. Segundo o petista, a ideia seria colocar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de volta no cargo.
Caso o presidente renuncie ou seja afastado ainda neste ano, novas eleições serão convocadas. A partir de 2017, em caso de afastamento do presidente, um novo nome para o cargo deve ser escolhido indiretamente pelo Congresso Nacional.
A senadora Gleisi Hoffmann (PR) também foi à tribuna pedir a renúncia de Temer. "Michel Temer não tem condições de governar. Talvez, para se recolocar no cenário ou tirar o apequenamento que fez da Presidência da República, poderia ter a grandeza de renunciar e convocar eleições diretas neste País. Só o povo, o voto popular, tem condições de arrumar a situação na qual nos encontramos", afirmou a senadora do PT.
O PCdoB, outro partido de oposição, protocolou na Procuradoria-geral da República (PGR) uma representação contra Temer, acusando-o dos crimes de concussão e improbidade administrativa.
Para Jandira Feghali, senadora do partido pelo Rio de Janeiro, Temer é "réu confesso" e deve ser responsabilizado. "Isso é claramente um crime de responsabilidade, a medida que ele (Temer) obriga um funcionário a fazer algo ilegal." Ela considera que Temer perdeu a credibilidade para enviar reformas ao Congresso e afirmou: "ele renunciaria se tivesse o mínimo de escrúpulo".
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