Após pressão virtual sobre políticos, internautas festejam
A Rede Minha Sampa definiu a suspensão do aumento como "presente de Natal para a população". O vereador Toninho Vespoli (PSOL), um dos 11 a votar contra a medida, compartilhou a notícia em sua página, acompanhada de diversos pontos de exclamação. Sua colega de partido e vereadora eleita Sâmia Bomfim também comemorou. "Parece que o mundo dá voltas!", postou ela. Campeão de votos na capital, o também vereador eleito Eduardo Suplicy (PT) propôs no Facebook que a bancada do partido, no dia 1.º, "reflita sobre a inconveniência do aumento e decida por não apresentar recurso" .
Na página do Facebook do jornal O Estado de S. Paulo, onde a notícia foi compartilhada, internautas consideraram justa a decisão e defenderam, até mesmo, que em vez de aumentarem, os vereadores deveriam reduzir seus atuais salários. "Excelente. Agora como a gente faz para diminuir isso aí? R$ 15 mil é muito. Sem falar nos benefícios", postou um. "Nada mais justo (do que a suspensão). O que esses vereadores têm na cabeça? Individualismo, enquanto todos fazem sacrifício, eles pensam só no próprio beneficio", escreveu outro.
Pressão
Os vereadores que votaram a favor do reajuste dos salários foram duramente criticados por seus eleitores nos últimos dias na internet. Após receber centenas de mensagens de paulistanos dizendo-se decepcionados, a vereadora Juliana Cardoso (PT) chegou a escrever uma mensagem no Facebook com o título Justificando o Injustificável, em que declara ser contrária ao aumento e explica que teve de seguir a orientação do partido. Mesmo assim, ainda sofreu duras críticas. "Você tem de votar pelo seu eleitorado e não por orientação partidária", colocou um dos eleitores na página.
O vice-presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), também foi alvo de broncas. "Votamos para que possa lutar pelos nossos direitos e não pelos dos políticos", postou um eleitor.
Conte Lopes (PP) recebeu diversas mensagens semelhantes. "Isso foi decepcionante. Tinha no senhor a imagem de uma pessoa correta e digna que legislava para o cidadão e não em causa própria. O senhor perdeu a minha admiração", escreveu um dos internautas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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