Topo

Empresários vão bancar festa da virada em Florianópolis

30/12/2016 14h07

Registrando queda no número de turistas em comparação ao ano passado e sem investimentos públicos para a festa da virada, Florianópolis terá um Réveillon modesto. Após o anuncio do prefeito Cesar Souza Júnior (PSD) de que o município não faria investimentos públicos para o evento para poder garantir o pagamento do funcionalismo público, empresários da cidade se reuniram para garantir a tradicional queima de fogos na Beira-Mar Norte.

Neste ano, serão 15 toneladas e 10 minutos a menos de fogos que no ano anterior, quando a cidade realizou a maior queima do país com 22 minutos de luzes e fogos. Para o empresariado, manter a realização da festa traz visibilidade para a cidade turística:

"A mídia que o Réveillon proporciona para a cidade é importante para manter Florianópolis na rota do turismo", diz Estanislau Bresolin, presidente da Fhoresc (Federação dos Hotéis, Bares e Similares).

Em 2014 a Prefeitura de Florianópolis investiu R$ 6,5 milhões e em 2015 R$ 4 milhões para a festa da virada. Este ano, a municipalidade vai apoiar apenas com infraestrutura e segurança. No início de dezembro, o prefeito Cesar Souza Júnior anunciou que o município cortaria verbas do Natal, Réveillon e Carnaval de 2017 para conseguir honrar a folha dos servidores.

A festa deste ano foi capitaneada pelo empresário Ronaldo Daux (Hotel Majestic), da tradicional família que impulsionou o turismo na cidade na década de 1970 e 1980, que contou com o apoio de pelo menos outros 15 empresários que vão desde lojas de departamentos, hotéis, empresas de comunicação e imobiliárias. Somente na queima de fogos, os empresários afirmam que serão investidos R$ 300 mil.

Aposta nos Hermanos para recuperar queda no turismo

A temporada de 2015 e 2016 foi uma das melhores das últimas décadas em Florianópolis, quando a registrou uma taxa de ocupação na rede hoteleira em torno de 90%. Já neste ano, a queda está em torno de 30%, podendo chegar a 60% em algumas regiões da cidade.

A diminuição no fluxo de pessoas também é sentida no Aeroporto Internacional Hercílio Luz, onde a Infraero aponta queda de 10% nos embarques e desembarques entre dezembro e os primeiros dias de janeiro. Entre os turistas nacionais, a cidade é mais procurada por gaúchos, que enfrentam grave recessão como atraso de salários, e paulistas, que este ano vieram em menor número.

A expectativa do setor hoteleiro e dos comerciantes locais, agora, está na vinda dos argentinos, que costumam chegar em janeiro, após as festas. Ano passado, o estado recebeu oito milhões de turistas, 1,5 milhão vieram da Argentina e passaram pela Capital.

A Flecha Bus, principal empresa argentina de ônibus de turismo, aponta que 90% da frota com destino a Florianópolis está ocupada. No ano passado, a empresa contabilizou 20 ônibus diários durante o mês de janeiro para a Capital catarinense.

Programação na Beira-Mar Norte

Atrações musicais vão das 22h até a 1h

21h - DJ Alexandre Sandall

22h - Cantor Maurício Cavalheiro

23 - Sambaí

0h Show de Fogos

0h - DJ Felipe Fagundes