Topo

Perfis falsos de filho de Teori na internet questionam acidente que matou Teori

O advogado Francisco Zavascki, filho do ministro do STF Teori Zavascki, publicou o alerta em sua página no Facebook - Reprodução/Facebook
O advogado Francisco Zavascki, filho do ministro do STF Teori Zavascki, publicou o alerta em sua página no Facebook Imagem: Reprodução/Facebook

Em Brasília

22/01/2017 18h58Atualizada em 22/01/2017 20h17

Perfis falsos em redes sociais aumentam rumores sobre o acidente que levou à morte do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki. Neste domingo (22), o filho de Teori, Francisco Zavascki, fez um alerta em seu perfil oficial no Facebook sobre a quantidade de páginas na rede que tentam imitar o seu perfil.

"Pessoal, infelizmente, criaram inúmeros perfis meus falsos! Cuidado com o que eles estão postando. Se possível, me ajudem a denunciá-los. Obrigado", escreveu o filho do ministro. As páginas compartilham notícias e teorias sobre a morte do relator da Operação Lava Jato, levantando suspeitas sobre o acidente.

Francisco já havia usado sua página na última quinta-feira (18) para confirmar que o pai havia embarcado no avião que caiu em Paraty, no Rio de Janeiro e, logo em seguida, para avisar sobre a morte do ministro. Foi quando o perfil de Francisco ganhou notoriedade. No mesmo dia, diversas páginas semelhantes foram criadas.

A reportagem identificou pelo menos oito páginas no Facebook que tentam imitar o perfil de Francisco, duas delas com mais de 3.000 seguidores. São perfis que utilizam a mesma foto do filho do ministro. Uma das páginas chegou a informar local e data do velório do corpo de Teori. Muito embora as informações estivessem corretas, o convite nunca foi feito pelo perfil oficial de Francisco.

Teori Zavascki é enterrado em Porto Alegre

Band Notí­cias

As páginas falsas com mais seguidores compartilham mensagens que fortalecem a teoria --sem a apresentação de fundamentos técnicos-- de que o ministro teria sido vítima de um crime, não de acidente. Relator da Lava Jato, Teori estava prestes a homologar a deleção de 77 ex-executivos da empreiteira Odebrecht. Atualmente, há no gabinete do ministro um acervo de 7.566 processos, sendo 12 ações penais e 65 inquéritos, a maioria contra políticos e autoridades com o chamado foro privilegiado.

No Congresso, parlamentares defendem a investigação profunda do acidente que levou à morte de Teori, para afastar quaisquer suspeitas. Na última sexta-feira (20), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou um requerimento para abertura de uma comissão de investigação do Congresso.

"Há necessidade de esclarecimento urgente, porque o próximo ministro será indicado por alguns investigados da operação", afirmou Randolfe ao Estado, em referência aos senadores alvos da Lava Jato que votarão a indicação do novo ministro do STF. A senadora Ana Amélia (PP-RS) também acredita que uma "investigação profunda e técnica" deve ser feita para não restar dúvidas sobre o acidente aéreo. Para ela, a investigação irá fortalecer ainda mais a Operação Lava Jato.