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'Vomitando sangue, com pulmão perfurado', diz promotor atacado em Natal

Imagem de arquivo do promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra, que sofreu atentado  - FRANKIE MARCONE -12.jul.2012/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem de arquivo do promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra, que sofreu atentado Imagem: FRANKIE MARCONE -12.jul.2012/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Ricardo Araújo, especial para o Estado

Natal

28/03/2017 08h09

Internado em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o promotor de Justiça Wendell Beetoven Ribeiro Agra, uma das vítimas do atentado ocorrido semana passada na sede do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), disse que foi vítima "de uma violência gratuita, própria de um criminoso violento". Ele falou ao Estado via WhatsApp na tarde desta segunda-feira, 27. Detalhou que seu estado de saúde é "muito delicado" e não há previsão de receber alta médica.

"(Estou) ainda muito mal, vomitando sangue, com um pulmão perfurado e costelas quebradas. Na UTI, sem poder falar", relatou o promotor.

Agra, que responde pela Coordenadoria Jurídica Administrativa do MPRN, foi atingido nas costas por um tiro deflagrado pelo servidor da instituição, Guilherme Wanderley Lopes da Silva, na sexta-feira.

No ataque, que aconteceu na sala da chefia do órgão ministerial, o procurador-geral de Justiça adjunto, Jovino Pereira Sobrinho, também foi atingido na região abdominal por dois disparos. Ele continua internado e se recupera de um procedimento cirúrgico. Como Agra, não corre risco de morrer.

O atirador, que é servidor de carreira do MP-RN há mais de uma década, se apresentou à Polícia Civil do Rio Grande do Norte no início da tarde do sábado, acompanhado de dois advogados. De acordo com o delegado Renê Lopes, o acusado permaneceu calado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.