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Greve geral faz Moro adiar depoimento do presidente do Instituto Lula

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto - Reinaldo Canato/Folhapress
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto Imagem: Reinaldo Canato/Folhapress

Julia Affonso e Ricardo Brandt

São Paulo

26/04/2017 18h42Atualizada em 26/04/2017 19h13

O juiz federal Sérgio Moro adiou nesta quarta-feira, 26, o depoimento do presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto e do executivo Agenor Franklin, ligado à OAS, por causa da greve geral preparada por centrais sindicais. A audiência, que estava marcada para esta sexta-feira, 28, foi transferida para 4 de maio, às 14h.

A manifestação contra as reformas da Previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização está sendo convocada por oito centrais sindicais que, juntas, representam mais de 10 milhões de trabalhadores.

O juiz da Lava Jato transferiu, também para o dia 4 de maio, às 10h, o interrogatório de Roberto Moreira Ferreira, ligado à OAS.

Em 10 de maio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o interrogado. O depoimento do petista havia sido marcado para o dia 3, mas a pedido da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e da Polícia Federal o juiz Moro remarcou a audiência para dali a uma semana.

As corporações alegaram necessidade de "tempo adicional" para montar esquema de segurança diante das manifestações populares.

Nesta ação, Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.

As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do triplex no Guarujá, no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a 2016.

O ex-presidente nega taxativamente a propriedade do imóvel e o recebimento de propinas da OAS.