Paraguai investiga possível participação de policiais em assalto
Segundo o chefe de comunicação da Polícia Nacional no Alto Paraná, Augusto Lima, a investigação ampla, incluindo possível participação de policiais, é um procedimento definido pelo Comando Tripartite de Segurança, que envolve as forças policiais do Paraguai, Brasil e Argentina para o combate de crimes transnacionais. A comissão se reuniu nessa quinta-feira, 27.
Conforme Lima, ainda não há evidência de participação de policiais no assalto, mas a apuração leva em conta a demora de reação das forças policiais ao ataque dos criminosos. "Era do conhecimento da polícia paraguaia que um grupo de brasileiros estava em nosso território, possivelmente planejando ações criminosas."
Um dia após o assalto, três integrantes do alto comissariado de Ciudad del Este foram afastados das investigações, supostamente por terem agido com negligência no cerco inicial aos criminosos. O Ministério do Interior paraguaio alegou que a substituição foi motivada por razões operacionais e que houve troca de funções.
A Polícia Federal (PF) de Foz do Iguaçu informou que não se manifesta sobre as investigações em território paraguaio.
No Brasil, dos 15 suspeitos de participação no roubo detidos pela PF, sete foram liberados pela Justiça. Segundo a assessoria da PF, os juízes que examinaram as prisões em flagrante não se convenceram da participação deles no assalto. Outros oito suspeitos continuam presos, além de três que foram mortos em confronto com a polícia.
Montante roubado
A multinacional Prosegur informou ao Ministério Público do Paraguai que o valor roubado durante o assalto foi de US$ 11,7 milhões (cerca de R$ 37,5 milhões), bem abaixo dos US$ 40 milhões (aproximadamente R$ 120 milhões) informados inicialmente pela Polícia Nacional do país vizinho. Mesmo assim, o roubo é o maior da história do Paraguai. Até a manhã desta sexta-feira, 28, tinham sido recuperados cerca de R$ 4,8 milhões.
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