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Maggi defende Temer e diz que governo será entregue em 2018 "a quem o povo escolher"

O ministro Blairo Maggi (Agricultura e Abastecimento), na foto, à esquerda de Temer  - Agência Brasil
O ministro Blairo Maggi (Agricultura e Abastecimento), na foto, à esquerda de Temer Imagem: Agência Brasil

Gustavo Porto

Ribeirão Preto

09/07/2017 13h47

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, divulgou há pouco um vídeo no qual defende o presidente Michel Temer (PMDB) e afirma que a atual crise será superada para que, em 2018, o governo seja entregue "a quem é de direito e a quem o povo escolher". A declaração de Maggi, senador licenciado pelo PP de Mato Grosso, ocorre no momento mais delicado de Temer em pouco mais um ano de governo, com a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção passiva tramitando contra ele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara dos Deputados.

Além da denúncia que pode afastá-lo do cargo para que seja investigado, aliados do PSDB, principal partido de sustentação do presidente no Congresso, defenderam a saída de Temer do cargo na semana passada. O presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati, disse na quinta-feira, 06, em uma conversa com jornalistas, que sob a gestão Temer o País caminha para a ingovernabilidade, sinalizando que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) poderia fazer uma travessia segura até 2018, caso Temer seja afastado do cargo. Na mesma linha de críticas à atual gestão peemedebista, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), disse que o "governo caiu" e previu que em 15 dias o Brasil poderia ter um novo presidente.

Num contraponto às contundentes críticas do aliado PSDB, o ministro Maggi disse no vídeo, feito por ele mesmo em meio a uma plantação de algodão em Sapezal (MT), que a atual crise será superada. E argumentou que o presidente Temer "tem dado carta branca para que possamos trabalhar e defender produtores rurais".

"Pra frente, Brasil. O Brasil é muito maior que as crises que nós vivemos. Sairemos dela muito mais forte e, com toda certeza, chegaremos em 2018 para entregar esse governo a quem é de direito e a quem o povo brasileiro escolher", afirmou o ministro, citando um bordão (Pra frente Brasil) muito utilizado na década de 1970, durante o regime militar.

O ministro destacou ainda que a principal obrigação da Pasta é fazer com que os produtores rurais sejam competitivos no mercado interno e externo e citou novamente Temer. "Eu tenho a determinação do presidente Michel Temer de cuidar disso, de olhar, você, produtor, quer seja na hora dos financiamentos, quer seja na hora das compras dos insumos, na regulação e na defesa do nosso negócio que é a agricultura e a pecuária".