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Conselho do MPF prorroga por mais um ano força-tarefa da Lava Jato em Curitiba

Força-tarefa de Curitiba é coordenada pelo procurador Deltan Dallagnol - RODRIGO FÉLIX LEAL/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Força-tarefa de Curitiba é coordenada pelo procurador Deltan Dallagnol Imagem: RODRIGO FÉLIX LEAL/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Fabio Serapião

Brasília

01/08/2017 10h27

O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) prorrogou por mais um ano a força-tarefa que atua na Operação Lava Jato em Curitiba. A decisão foi proferida nesta terça-feira, dia 1º, durante reunião do colegiado em Brasília.

A força-tarefa que atua na capital do Paraná é coordenada pelo procurador Deltan Dallagnol e investiga processos sob tutela do juiz federal Sérgio Moro. O grupo foi criado em abril de 2014, quando começaram as operações da Lava Jato, que apuram o esquema de corrupção na Petrobras e seus desdobramentos.

A prorrogação acontece quase um mês depois de a Polícia Federal decidir integrar os grupos de trabalho dedicados às operações Lava Jato e Carne Fraca na Superintendência Regional no Paraná à Delecor (Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas). Com isso, deixou de existir em Curitiba uma equipe dedicada exclusivamente às investigações envolvendo a Lava Jato.

Quando foi deflagrada a 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada "Cobra", que teve como alvo ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine, Dallagnol chegou a criticar a redução nos investimentos da Lava Jato por parte da PF (Polícia Federal).

"Preocupa a todos nós o arrefecimento do investimento na Lava Jato pela direção da Polícia Federal", afirmou por meio de nota. Segundo ele, das últimas sete operações realizadas pela força-tarefa, seis foram feitas a pedido do MPF. "É preciso preservar o trabalho da Polícia Federal nas investigações. O ministro da Justiça e o delegado-geral [da PF] têm poder e a consequente responsabilidade sobre o tamanho do efetivo, que foi reduzido para menos de metade", disse.