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Lula agiu pessoalmente e ameaçou substituir os próprios conselheiros, diz Paulsen

Renan Truffi, Julia Lindner e Ricardo Brandt

Brasília

24/01/2018 16h28

O desembargador Leandro Paulsen defendeu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu "pessoalmente" para garantir manutenção em esquema na Petrobras que gerou propinas para os governos e eleições petistas. O magistrado apresenta neste momento seu voto sobre o caso de Lula, que está sendo julgado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

"Lula agiu pessoalmente para tanto e ameaçou substituir os próprios conselheiros", explicou o magistrado ao dizer que o petista interferia nas nomeações das diretorias da estatal para garantir a manutenção do esquema. "Diretores por ele (Lula) indicados participaram diretamente dos crimes", afirmou o desembargador.

A decisão que condenou Lula em primeira instância, em julho do ano passado, considerou que havia provas de que o imóvel era parte da propina destinada ao petista pela empreiteira OAS. Foi a primeira vez que um ex-presidente da República sofreu condenação por crime comum no Brasil. Lula nega que tenha aceitado o imóvel da construtora e apela por sua absolvição.