No Twitter, só impeachment gerou mais debate que julgamento de Lula no TRF-4
Segundo a FGV-DAPP, o evento foi o que mais provocou debate entre os usuários brasileiros da rede social desde a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, em abril de 2016, assunto que gerou 1,5 milhão de menções em 24 horas.
O volume de interações anteontem foi tão grande que até os "bots" ficaram em segundo plano, limitando-se a cerca de 5%, tanto entre os usuários favoráveis a Lula quanto entre os que comemoraram a confirmação da condenação. Os "bots" são perfis automatizados, programados para difundir informações como se fossem pessoas.
Entre os que fizeram menção ao julgamento, o campo pró-Lula foi o que publicou o maior número de postagens (44,1%). Os opositores do ex-presidente foram responsáveis por 35,4% e outros 15,3% foram publicados por perfis que não se alinharam a nenhum dos dois blocos. Houve ainda cerca de 5% de postagens de teor indefinido, sem interação com outros perfis.
Parte significativa das publicações (12,3 mil) fez alusão à alta da Bolsa de Valores e ao otimismo do mercado financeiro com o resultado do julgamento.
O pico da movimentação no Twitter se deu entre as 17ho e as 19h, com a repercussão da ratificação da condenação de Lula e a determinação de aumento de sua pena de prisão. Nesse horário, segundo a FGV-DAPP, "a imprensa tradicional se projetou como fonte central de impacto", superando as comemorações e as críticas em torno da decisão do TRF-4.
Mapa
A distribuição regional das postagens mostra que, em termos proporcionais, o julgamento foi mais mencionado na Região Nordeste, principalmente no Rio Grande do Norte, na Bahia e no Ceará. O impacto do julgamento no Facebook também foi medido pela FGV-DAPP. A análise detectou cerca de 2 milhões de interações na página de Lula, desempenho que o fez superar o engajamento em relação ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), presidenciável que costuma ter presença mais forte na rede social. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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