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Em 3º bloco de debate, candidatos falam de imigração, emprego e reforma política

Daniel Weterman e Daniel Galvão

São Paulo

20/09/2018 23h21

Sendo questionados por jornalistas de emissoras com inspiração católica, candidatos à Presidência aproveitaram o terceiro bloco do debate realizado em Aparecida (SP), nesta quinta-feira, 20, para falar sobre temas abordados constantemente por suas campanhas.

Assim como no bloco anterior, o PT virou alvo do candidato do MDB, Henrique Meirelles. Para ele, o quadro de desemprego no País foi resultado de uma série de "equívocos" do governo Dilma Rousseff e do PT. Ele repetiu sua promessa de criar 10 milhões de novos empregos em quatro anos e retomar obras paralisadas.

Respondendo a uma pergunta sobre migração, Fernando Haddad (PT) prometeu ampliar para todo o território nacional leis que regulamentem o acolhimento de imigrantes. "Os países que optarem por violência colheram violência", disse, defendendo que o Brasil precisava escolher a "paz".

Ciro Gomes (PDT) abriu mão de declarações ácidas e, após ter elogiado Marina Silva (Rede) no bloco anterior, também teceu elogios para Guilherme Boulos (PSOL). Ao falar sobre urbanização, o pedetista disse que o adversário é "especialista" no assunto e está correto ao avaliar que há mais imóveis vazios nas cidades do que pessoas que precisam de uma moradia.

Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu uma reforma política com voto distrital misto e facultativo. Tendo oportunidade de repetir uma frase em latim que significa "suprima a causa que o efeito cessa", o tucano prometeu promover as reformas política, tributária, previdenciária e de Estado logo no começo de um eventual governo. "Será que é possível aprovar a reforma política? Eu entendo que sim."

Sendo questionado sobre segurança pública, Alvaro Dias (Podemos) defendeu investimento no monitoramento de fronteiras e atacou o governo Michel Temer por dizer que "não tem dinheiro para nada" na segurança pública. "O bandido no Brasil tem que voltar a ter medo da lei", pontuou, prometendo boa remuneração a policiais. "Dinheiro do orçamento que não for aplicado em segurança pública, deve ser responsabilidade do presidente."

No mesmo bloco, Marina Silva (Rede) prometeu punir o feminicídio e fiscalização do Ministério do Trabalho contra salários desiguais entre mulheres e homens. A presidenciável também assumiu o compromisso de abrir 2 milhões de novas vagas em creches para que mães possam trabalhar. Boulos, por sua vez, disse que é preciso cassar o registro de empresas que usam trabalho infantil e revogar, através de consulta popular, a reforma trabalhista feita pelo governo Michel Temer.