Plano de Haddad inclui ideias aplicadas em SP
Reverter a redução das velocidades nas Marginais do Pinheiros e do Tietê foi uma das principais bandeiras de campanha de Doria, que cumpriu a promessa logo no primeiro mês de gestão.
Parte da população reprovou também a decisão de Haddad de priorizar o transporte não motorizado. O petista implementou 317 km de ciclovias - o modelo de implementação dessas rotas exclusivas e das faixas para ônibus foi questionado.
O programa do governo do petista cita que, num eventual governo seu, será "promovido o transporte não motorizado, com a expansão de ciclovias e calçadas", e "desenvolvidas políticas para redução drástica dos acidentes e mortes no trânsito, com ações permanentes nas escolas, melhorias na formação de condutores e redução de velocidade nos centros urbanos".
Drogas
Na área da segurança e do combate às drogas Haddad lista de forma discreta sua posição favorável a políticas de redução de danos.
"É preciso incentivar a abordagem científica e atualizada à luz dos protocolos reconhecidos internacionalmente como mais avançados e eficazes, fortalecer a rede de atenção psicossocial, permitir políticas de redução de danos e atuar com sensibilidade para abordar de diferentes e flexíveis formas a prevenção em relação a grupos sociais distintos", diz o plano.
Em 2014, Haddad lançou o "De Braços Abertos", programa que incentivava o dependente a diminuir o uso da droga, sem internação e com oferta de emprego, moradia e renda. Criticado pela oposição - que o chamava "bolsa crack" -, o projeto levou usuários a reduzir o consumo em 88%, segundo a Prefeitura. Doria acabou com o plano.
Para o cientista político Carlos Melo, do Insper, as políticas citadas se tornam controvertidas porque tratam de mudanças culturais. "Quando se mexe com o comportamento das pessoas, a tendência é que haja resistência. Isso é cultural", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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