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Transição de governo no Rio segue 'normalmente' após prisão de Pezão, diz Witzel

Marcio Dolzan

Rio

30/11/2018 14h17

A equipe do governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), informou nesta sexta-feira, 30, que os trabalhos da equipe de transição seguem "normalmente" um dia após a prisão do atual governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (MDB). Segundo a assessoria de Witzel, "o cronograma de ações está mantido pelo governo eleito".

"A coordenação de transição do governo eleito esclarece que permanece atuando normalmente na elaboração do plano para o futuro governo, que será apresentado até o fim de dezembro. As equipes designadas pelo governo eleito para este período de transição, sob a coordenação geral de José Luís Cardoso Zamith, seguem em contato com os integrantes das pastas do atual governo, sob a gestão do secretário da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, Sérgio Pimentel", comentou, em nota.

Preso na quinta-feira acusado de receber uma mesada de R$ 150 mil e um décimo terceiro da propina durante o período em que era vice-governador do Estado do Rio, o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) está detido na Unidade Prisional da Polícia Militar, no Fonseca, em Niterói. Ele está em uma cela especial por prerrogativa de cargo, mas segundo a PM sua rotina é igual à dos demais presos.

"Todos os detentos são obrigados a utilizar o uniforme da corporação, participam de formaturas diante da bandeira, às sextas-feiras nos horários de 8h, e também antes de ingressar no rancho para as refeições. É exigido ainda corte de cabelo e de barba dentro do padrão militar. A alimentação é fornecida pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap)", informou a PM, em nota.

Segundo a Seap, o cardápio de almoço e jantar dos detentos é composto por arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango), legumes, salada, sobremesa e refresco. O desjejum tem pão com manteiga e café com leite. O lanche, por sua vez, tem guaraná e pão com manteiga ou bolo.

Ainda segundo a PM, os detentos passam por uma avaliação feita por diversos profissionais - médico, psicólogo, dentista - e recebem atendimento do serviço de assistência religiosa assim que são levados à unidade prisional. Os procedimentos são feitos, em média, no prazo de uma semana.

Apesar de estar em uma cela especial - que não parece, de fato, uma cela, já que não possui nem mesmo grades -, Pezão não tem outro tipo de benefício. "As acomodações (da unidade prisional) são semelhantes aos alojamentos quartéis militares. O uso de eletrodomésticos, como ventilador, por exemplo, segue a norma da Vara de Execuções Penais (VEP). O acesso às áreas externas para banho de sol e atividades esportivas ou laborativas é controlado", informou a PM.