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Vaticano destaca trabalho de mulheres que ouvem confissões na Amazônia

Papa Francisco celebrou missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, para abrir o Sínodo da Amazônia no domingo (foto) - Tiziana FABI/AFP
Papa Francisco celebrou missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, para abrir o Sínodo da Amazônia no domingo (foto) Imagem: Tiziana FABI/AFP

Vaticano

08/10/2019 14h34

Na primeira entrevista coletiva do Sínodo da Amazônia ocorrida nesta segunda-feira, 7, o papel das mulheres na região da floresta foi ressaltado, com destaque para a irmã colombiana Alba Teresa Cediel Castillo.

"Estamos presentes em todos os lugares e fazemos o que pode uma mulher fazer em virtude do Batismo: acompanhamos os indígenas e, quando os sacerdotes não podem estar presentes, batizamos. Se alguém deseja se casar, estamos presentes e testemunhamos. E muitas vezes já aconteceu de ouvirmos confissões (de pessoas à beira da morte), mas não demos a absolvição", disse a irmã.

O depoimento serviu para apresentar a atual necessidade de padres na Amazônia. Já na sua apresentação, o prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, ressaltou que o polêmico Instrumentum laboris do sínodo é "um texto-mártir" no sentido de que é destinado a ser destruído. "Porque é um ponto de partida para aquilo que o Espírito Santo fará."

As citações de dar mais espaço a mulheres e analisar a possibilidade de ordenar homens casados especificamente para suprir a falta na área, presentes no documento, motivaram críticas internas dentro da Igreja Católica. E acusações até de heresia.

Sob a gestão do papa Francisco, iniciada em 2013, o Vaticano tem passado por um momento de divisão. Para mostrar a unidade da Igreja, o argentino fez questão de, no sábado, dia 5, levar os 13 cardeais nomeados para um encontro com o papa emérito Bento XVI. Na reunião, o pontífice emérito, de 92 anos, fez questão de frisar "o valor da fidelidade ao papa".

(Com agências internacionais)

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