Conteúdo publicado há 5 meses
Josmar Jozino

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Reportagem

Justiça condena Marcola, mulher e sogros por lavagem de dinheiro

A 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo condenou Marco Willians Herbas Camacho, 56, o Marcola, apontado como chefe máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital), a 6 anos e quatro meses por lavagem de dinheiro.

A mulher dele, Cynthia Gilioli Herbas Camacho, foi condenada a 4 anos; a sogra, o sogro e outros dois réus a três anos, todos em regime aberto. Eles haviam sido absolvidos em abril deste ano pela 1ª Vara de Crimes Tributários. O Ministério Público do Estado de São Paulo recorreu e a decisão foi revertida.

Marcola e a mulher foram acusados de dissimular a origem de R$ 479.756,37, movimentados em 243 depósitos em espécie, no período de janeiro de 2016 a agosto de 2017, na conta corrente de um salão de beleza, cujo faturamento mensal era de R$ 16 mil.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), subordinado ao MP-SP, em 12 de junho de 2018, os sogros de Marcola compraram uma casa no de luxo Alphaville Granja Viana, por R$ 1,1 milhão.

As investigações do Gaeco apontaram que três anos antes, em 2015, o mesmo imóvel —onde havia uma edificação não concluída— era avaliado em R$ 3 milhões e agora vale mais de R$ 5 milhões. Para o Gaeco, a casa foi comprada por preço bem abaixo do valor e houve lavagem de dinheiro.

Mário Biágio Masulo e Cláudio Rossi Garbin, também acabaram condenados a três anos. Eles foram acusados pelo MP-SP e pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de vender o imóvel para os parentes de Marcola.

A Justiça já havia arquivado em primeira instância o inquérito policial em relação ao suposto crime de associação criminosa atribuído a Marcola e aos demais acusados. E tinha determinado o arquivamento do sequestro de um Audi ano 2018 e de uma caminhonete Toyota Hilux de propriedade dos familiares do preso.

As apurações contra Marcola e a família dele tiveram início em 2019, após uma denúncia recebida pela Assistência Policial do Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão aos Narcóticos) e, posteriormente, encaminhada ao Deic.

A reportagem não conseguiu contato com os defensores de Cynthia Giglioli Herbas Camacho nem com os defensores dos pais dela e dos demais réus. O espaço continua aberto para manifestações. O texto será atualizado caso haja posicionamentos.

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Marcola está preso na Penitenciária Federal de Brasília. Com essa condenação, a pena dele sobe para 306 anos. Ele é condenado pelos crimes de roubos, homicídio, formação de quadrilha, organização criminosa e associação ao tráfico de drogas e agora por lavagem de dinheiro.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

4 comentários

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Pedro Tadeu Abuyagui Vieira

Traficante ou politico?!?

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Gilmar Alves dos Reis

Justiça  brasileira libera os parças do maior traficante da AL para prisão domiciliar.

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Débora Silsa Gomes

Ora, mas ele precisa ficar preso para continuar "atuando". A cela é proteção à ele. A mesma coisa o Fernandinho Beira-Mar. Se soltam eles, atrapalha o "serviço".

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