Tambor de 200 litros de óleo foi recolhido nas proximidades da Ponta de Tabatinga
Os militares constataram que o barril estava cheio e não apresentava vazamentos. Amostras do conteúdo foram enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira. A Marinha ressaltou, no entanto, que "os dados disponíveis até o momento não permitem concluir se o episódio tem relação com outros tambores encontrados no litoral de Sergipe (que também tinham o logo da Shell) ou com o óleo que tem se espalhado pelas praias do Nordeste".
O Grupo de Avaliação e Acompanhamento (GAA), formado pela Marinha, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Ibama, confirmou também nesta quinta que Salvador já tem quatro novas praias atingidas pelas manchas de óleo: Praia do Flamengo, Pedra do Sal, Farol da Barra e Rio Vermelho.
Até esta quarta, o Ibama contabilizava 178 localidades atingidas pelo vazamento de óleo que atinge a região Nordeste desde o início de setembro. Com as novas praias o número deve subir para 182 nesta quinta. Mais de 200 toneladas de óleo já foram retiradas das praias.
A Shell havia informado que os tambores encontrados em Sergipe eram originalmente embalagens de lubrificantes para navios, de um tipo que não é produzido no Brasil. A empresa informou também que não havia reutilizado seus tambores.
Em nota divulgada nesta quinta, a Shell afirmou que recebeu a informação de que um novo barril havia sido encontrado. "Trata-se de embalagem de Omala S2 G 220, uma outra linha de lubrificantes", esclareceu, lembrando que, segundo a própria Marinha, o tambor estava fechado e não apresentava vazamento.
Nesta quarta, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, visitou áreas afetadas na Bahia, em Alagoas e no Sergipe. Ele se reuniu com o professor Alberto Wisniewski, do departamento de Química da Universidade Federal do Sergipe e responsável pela análise do material presente nos barris da Shell encontrados anteriormente e nas praias de Sergipe.
"Ele explicou para nós que são fisicamente diferentes porque um está diluído, com contato com o mar, e o outro concentrado no barril, mas a fonte molecular é a mesma. O DNA é o mesmo", disse Salles ao jornal O Estado de S. Paulo. "O que está nos barris está em conformidade com o que está na costa", disse.
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