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Associação oferece testes gratuitos para detectar osteoporose

18/10/2019 18h22

A osteoporose é uma doença causada pela redução da massa óssea, o que deixa os ossos fracos e com risco de fraturas. No Brasil, estima-se que dez milhões de pessoas convivam com a enfermidade, que é crônica e tem tratamento. O problema é mais frequente em mulheres após a menopausa, uma vez que o estrógeno - hormônio feminino que, entre outras funções, é um grande protetor dos ossos - diminui, o que pode acelerar o desgaste ósseo.

Sabendo que a partir dos 45 anos de idade o esqueleto humano passa por uma perda natural da massa óssea, de 0,5% ao ano, o diagnóstico precoce da doença é essencial para que não ocorram consequências graves.

A fim de ajudar nessa questão, a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) vai oferecer testes gratuitos na estação Paraíso do Metrô, em São Paulo, para identificar a oesteoporose. A ação ocorre no próximo domingo, 20, em que se celebra o Dia Mundial da Osteoporose.

Médicos da organização estarão disponíveis das 9h às 14h para realizar dois testes: o exame de calcâneo, que mede a massa óssea por meio de uma avaliação do calcanhar em um aparelho, e o chamado FRAX, que avalia o risco de fratura mediante um questionário.

"Se descoberta no início, a osteoporose tem tratamento que reduz em 90% o risco de fratura das vértebras e em 54% nos outros ossos. Daí a importância dos exames preventivos. É uma doença silenciosa que, se não tratada, evolui para fraturas, sendo a do quadril a mais temida, pois de 20% a 30% dos casos levam à morte em até um ano", afirma o reumatologista Charlles Heldan, presidente da Abrasso.

Osteoporose e risco de fratura

Segundo a International Osteoporosis Foundation (IOF), uma em cada três mulheres com mais de 50 anos sofrerá uma fratura devido à osteoporose. Já uma pesquisa conduzida mundialmente com mulheres a partir dos 55 anos de idade, sob encomenda da Amgen, 80% das brasileiras com 65 anos ou mais não acreditam que estão em perigo de fratura.

Em entrevista anterior ao E+, Heldan explicou que, até os 30 anos de idade, o organismo constrói uma reserva de massa óssea. O osteoblasto é a célula responsável por essa formação. Já a perda natural dessa reserva e promovida pelo osteoclasto. "Durante a vida, se a gente conseguir fazer uma 'poupança óssea' boa, a perda será melhor tolerada, vai se dar diante de um pico de massa maior."

Por isso, é importante consumir cálcio, principal protetor dos ossos, e vitamina D, que ajuda na absorção do mineral. Quando a ingestão de cálcio é baixa, o organismo retira do osso para suprir a ausência. O médico também recomenda fazer atividade física regularmente e evitar hábitos prejudiciais como bebida alcoólica, tabagismo e sedentarismo.

Alimentos com cálcio

O melhor jeito de consumir cálcio é por meio da alimentação, e a principal fonte são leite e derivados. Assim, é preciso prestar atenção na dieta e ver o que precisa mudar. É possível calcular o quanto você ingere de cálcio nesta calculadora online.

Para quem tem intolerância à lactose ou opta por não consumir produtos de origem animal, o cálcio pode ser encontrado no leite de soja, vegetais verde-escuros (brócolis, agrião, couve-manteiga, espinafre), castanhas e sementes (gergelim, amêndoas, nozes) e leguminosas (soja, feijão, grão-de-bico).

Porém, a quantidade de cálcio encontrada nos vegetais é pequena. Em uma dieta ocidental, é possível absorver de 150 a 200 miligramas por dia desse mineral nesses alimentos, diz o presidente da Abrasso. Pessoas que não conseguem alcançar o nível necessário de cálcio por dia, que são mil miligramas, podem optar pela suplementação. Para isso, é importante consultar um médico ou nutricionista.

Serviço

Testes para detecção de osteoporose

Data: 20 de outubro de 2019

Horário: das 9h às14h

Local: Estação Paraíso do Metrô - Rua Vergueiro, 1.456

Ludimila Honorato