Com crise e sem verba, a icônica Vai-Vai luta para se reerguer em SP
A Vai-Vai, a escola mais icônica do carnaval de São Paulo, foi rebaixada no ano passado e, em consequência, viveu uma revolução política no último ano. Atualmente, a escola é administrada por dois gestores e precisou se capitalizar com dinheiro da própria comunidade e de apoiadores. "Não temos um tostão de dinheiro público. O que era dinheiro público foi retido por questões trabalhistas", disse o gestor de carnaval Clariço Aparecido Gonçalves.
Segundo Clariço, com as dificuldades, a escola já irá se sentir vitoriosa em ter conseguido chegar à avenida. "Vai ser um desfile emocionante e pé no chão", avisou. O enredo da Vai-Vai foi batizado de De Corpo e Álamo - uma tentativa de erguer o orgulho dos componentes da agremiação.
A assessoria da Nenê da Vila Matilde afirmou que escolas tradicionais como ela precisam se adaptar e entender de regulamento - sem perder a força que a escola tem no chão. A expectativa também é voltar para o Grupo Especial, com O Presente da Deusa e o Brinde da Águia.
O diretor da Acadêmicos do Tucuruvi, Renato Cipriano, afirmou que a situação pode ser explicada pelas mudanças no próprio carnaval. "Está a cada ano mais competitivo. Atualmente poucos décimos são o suficiente para rebaixar uma escola. Aquelas que não estiverem preparadas para acompanhar esta evolução, ou até mesmo organizadas internamente, correm o risco de serem rebaixadas e permanecerem anos no Grupo de Acesso, independentemente da tradição que a agremiação possua."
A agremiação do Tucuruvi levará para o sambódromo do Anhembi uma homenagem ao saudoso humorista Chico Anysio, com Faces de Anysio, o eterno Chico. Sorrir é e sempre será o melhor remédio.
Concorrentes
Além das escolas mais tradicionais, também desfilam no domingo a Independente Tricolor, a Estrela do Terceiro Milênio e a Mocidade Unida da Mooca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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